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Background check no setor financeiro: acerte com melhores práticas e tecnologia

Atualizado em 30 de maio de 25 | Geral  por

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Redação upLexis

Imagem de um gráfico do mercado de ações em painel e celular, ilustrando o background check no setor financeiro.

Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar: 

  • Por que o background check é tão crítico no setor financeiro?
  • As melhores práticas para impulsionar sua investigação
  • upMiner: automação e eficácia no seu background check financeiro


De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o segmento bancário investiu quase R$ 50 bilhões em tecnologia em 2024, sendo 10% desse total voltado exclusivamente para segurança digital e prevenção a fraudes. Diante do risco ampliado de golpes, ilegalidades e regulamentos cada vez mais rigorosos, vem à tona uma solução crucial para assegurar a confiabilidade: o background check no setor financeiro

Também chamado de “verificação de antecedentes” ou “background screening”, o background check é uma ferramenta muito utilizada pelas instituições financeiras no âmbito do compliance e da gestão de riscos, validando a idoneidade de clientes, colaboradores e parceiros

Vale destacar que a prática está longe de ser uma preocupação restrita a segmentos específicos ou de “alto risco”. Segundo pesquisa da Professional Background Screening Association, nada menos do que 95% das empresas localizadas nos EUA realizam algum tipo de verificação de antecedentes nos seus processos de contratação. 

A boa notícia é que a tecnologia pode e deve caminhar lado a lado com a verificação de terceiros, especialmente na forma de plataformas inteligentes de automação como o upMiner. Vem saber mais!

Importância central: por que o background check é mais crítico no setor financeiro? 

Pelo próprio core business e natureza das suas operações, o setor financeiro está vulnerável a riscos exponenciais de fraudes, corrupção, inadimplência e lavagem de dinheiro

É nesse ponto que o background check, o processo de obter informações em bancos de dados para histórico e confirmação de identidade, entra em cena para garantir a segurança em novas parcerias, evitar associações desvantajosas e combater atividades ilegais. 

👉 Entre as principais razões da maior vulnerabilidade de bancos, fintechs, seguradoras e corretoras de valores, podemos citar: 

Alto volume de transações financeiras 

As instituições do setor lidam, todos os dias, com milhares de movimentações financeiras e grandes somas de dinheiro, criando brechas para fraudes internas e externas. 

Pressão por conformidade e ambiente regulatório complexo 

Não por acaso, o setor financeiro é um dos mais regulados do mundo. Controles internos, governança corporativa, prevenção à lavagem de dinheiro e até regulamentos sobre quem pode atuar em cargos estratégicos são algumas das exigências contempladas. 

Nesse sentido, o background check é um dos mecanismos-chave para o compliance em relação às normas do Banco Central do Brasil (BCB), Comissão de Valores Mobiliários (para o mercado de capitais), Lei nº 9.613/1998 (lavagem de dinheiro),  Lei nº 12.846/2013 (Lei Anticorrupção), LGPD e sigilo bancário, entre outras. 

Terceiros com acesso a dados críticos e sensíveis 

Entre empresas parceiras, fornecedores de tecnologia e correspondentes bancários, o setor financeiro depende fortemente de terceirizados, que muitas vezes têm acesso a dados sensíveis de clientes, sistemas críticos e transações sigilosas. 

Alta atratividade econômica para fraudes 

Com óbvia atratividade econômica, o setor é um alvo prioritário para a exploração criminosa, incluindo a ocultação da origem de recursos, financiamento de ações ilegais, lavagem de dinheiro e golpes financeiros. 

Leia também 👉 PLDFT: saiba tudo sobre prevenção à lavagem de dinheiro

Forte risco reputacional 

Se a manutenção de uma imagem positiva é essencial para empresas de todos os segmentos, ela é um ativo ainda mais valioso para o mercado financeiro – qualquer escândalo que envolva fraudes ou corrupção abala fortemente a confiança de clientes, parceiros e investidores

Dependência de novos canais digitais 

Pix, open finance, fintechs, APIs e integração de dados em tempo real: sem dúvidas, a inovação promove vantagens sem precedentes para clientes e as operações das próprias instituições. Por outro lado, também potencializa a exposição a ameaças e golpes cibernéticos sofisticados

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Background check no setor financeiro: confira as melhores práticas 

1. Background check em Know your Customer (KYC)

Garantindo a conformidade com órgãos reguladores como o Banco Central, o COAF e a CVM, aplicar a verificação de antecedentes à prática de “conheça seu cliente” - Know your Customer (KYC) é fundamental para mitigar riscos e prevenir crimes, seja no âmbito de pessoas físicas ou jurídicas. 

No KYC, algumas das principais frentes de análise do background check são:

  • Verificação da identidade: realize esta etapa a partir de fontes confiáveis como bases de dados públicas e Receita Federal. Pesquise CPF, CNPJ, nome/razão social, contrato social, dados de sócios e comprovantes gerais;
  • Identificação de beneficiários finais: no caso de pessoas jurídicas - e especialmente em estruturas complexas ou empresas offshore -, mapeie a cadeia de beneficiários e quem realmente controla a organização; 
  • Classificação de risco do cliente: categorize os perfis de clientes em níveis de baixo risco (ausência de sinais de alerta e renda compatível) e alto risco (pessoas politicamente expostas, estrangeiros de países sujeitos a sanções específicas, estruturas suspeitas). A partir desse estudo preliminar, será possível definir o nível de due diligence a ser realizada posteriormente;
  • Verificação de histórico de crédito: importante para concessões de crédito e empréstimos, essa etapa visa analisar o score de crédito, o histórico de pagamentos e os processos/dívidas ativas, avaliando o risco de inadimplência e o perfil de risco financeiro.

2. Background check em Know your Employee (KYE)

Aqui, o foco está nos colaboradores (Know your Employee). O background check no setor financeiro deve checar a idoneidade e a conformidade regulatória do quadro de funcionários, com destaque para os cargos de alta hierarquia e que lidam com informações críticas.

No contexto do KYE, um estudo da Association of Certified Fraud Examiners (ACFE) revela dados alarmantes: em todo o mundo, as organizações perdem cerca de 5% da receita anual devido a fraudes ocupacionais. Os motivos também preocupam: 29% das fraudes foram causadas pela falta de controles internos e 20% pela “quebra” dos mesmos.

Além disso, o tempo médio de detecção de uma típica fraude ocupacional é nada menos do que 12 meses.

Nessa perspectiva, seu background check de funcionários deve incluir:

  • Verificação de identidade;
  • Levantamento de antecedentes criminais com foco especial em crimes financeiros, a exemplo de estelionato, fraudes, corrupção e lavagem de dinheiro. Observe também a relevância da ilegalidade para o exercício da função;
  • Análise de situação financeira em órgãos como SPC e Serasa, detectando possível risco ético (como no caso de endividamento grave em cargos de auditoria, tesouraria etc.);
  • Verificação de histórico profissional, educação e certificações;
  • Detecção de conflitos de interesse;
  • Consulta a listas restritivas como COAF, PEPs, Banco Central, CVM e Interpol.

3. Background check em Know your Partner (KYP) e Know your Supplier (KYS) 

Igualmente relevantes para a confiabilidade são as práticas de “conheça seu parceiro” e “conheça seu fornecedor”, mitigando riscos relativos ao operacional, a ESG, ao reputacional e ao compliance.

Parceiros comerciais e fornecedores, afinal, devem estar alinhados com os princípios de transparência e integridade do setor financeiro. 

Em se tratando de KYP e KYS, as pesquisas mais relevantes em background check são: 

  • Identificação da estrutura societária do CNPJ: natureza jurídica, contrato social, sócios, beneficiários finais, estrutura organizacional e envolvimento de offshores devem entrar na lista;
  • Verificação de situação jurídica e fiscal: pesquise certidões negativas de Receita Federal, FGTS, INSS e débitos em todos os âmbitos do poder público, além de analisar o risco jurídico com base nos principais processos judiciais; 
  • Investigação em listas restritivas e sanções: aqui, o destaque fica por conta da lista de organizações envolvidas em trabalho escravo (MTE) e COAF, CVM, Receita Federal e Banco Central. A detecção de pessoas politicamente expostas (PEPs) entre os sócios/representantes e a busca em listas internacionais como OFAC e ONU também são cruciais; 
  • Identificação de conflitos de interesses: investigue vínculos com concorrentes e funcionários da instituição financeira;
  • Compliance: verifique a conformidade em práticas de ESG e anticorrupção;
  • Análise reputacional: investigue o histórico reputacional em mídias e redes sociais, detectando possíveis envolvimentos em casos de suborno, lavagem de dinheiro, escândalos públicos e práticas abusivas;
  • Subcontratação: identifique se o parceiro ou fornecedor faz uso de prestadores de serviço - nesse caso, os mesmos critérios devem ser aplicados à cadeia de terceiros. 

Leia também 👉Módulo ESG: gere relatórios analíticos e previna riscos com o upMiner

4. Atualização periódica de dados cadastrais 

A higienização periódica da base de dados é fundamental para manter suas investigações de stakeholders em dia: um banco atualizado poupa tempo, reduz erros e aumenta a eficiência do processo. 

Com a plataforma upMiner, é possível enriquecer seu banco de dados cadastrais apenas com o número de CPF ou CNPJ, processando grandes volumes de informações de uma única vez. 

5. Compilação dos dados em dossiês

O volume, a estruturação e a classificação do grande volume de dados envolvido no background check no setor financeiro podem ser intimidadores. 

Nesse sentido, a compilação das informações em dossiês (como o recurso oferecido pelo upMiner) é altamente recomendável para agilizar a análise e manter a atualização periódica dos dados. 

6. Desenvolvimento de protocolos 

Outra recomendação valiosa é elaborar protocolos/checklists para os diferentes processos de background check. A partir daí, é possível realizar pesquisas customizáveis em bancos de dados, considerando as necessidades e especificidades de cada investigação. 

7. Monitoramento contínuo 

Após a realização do background check inicial, o monitoramento contínuo e em tempo real é uma prática indispensável de compliance para acompanhar as mudanças no perfil de risco de pessoas e empresas. 

Com o correto acompanhamento (facilitado por plataformas de automação), é possível prevenir danos reputacionais, financeiros e legais, uma etapa crucial em meio ao dinâmico mercado financeiro. 

8. Conformidade com a LGPD 

É fundamental que as práticas de background check no setor financeiro sejam executadas nos limites legais, principalmente no que tange à privacidade e ao tratamento de dados pessoais. Assegure o compliance e o direito dos titulares conforme as diretrizes da LGPD!

upMiner: automação e eficácia no seu background check no setor financeiro 

Plataforma especializada em práticas de compliance e gestão de riscos, o upMiner é a tecnologia ideal para otimizar o background check no setor financeiro. 

Com +2000 fontes de dados confiáveis, interface intuitiva e geração de insights exclusivos, o upMiner reduz tempo, custos e esforços nas suas investigações de terceiros, viabilizando todas as boas práticas em KYC, KYS, KYE e KYP. 

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Imagem de capa:  Sajad Nori na Unsplash