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KYC no setor de seguros: previna fraudes e garanta o compliance com tecnologia

Atualizado em 18 de junho de 25 | Geral  por

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Redação upLexis

Equipe corporativa em reunião com símbolo de verificação ilustrando a realização do procedimento de KYC no setor de seguros.

Prevenindo fraudes e promovendo a conformidade, o KYC (Know your Customer) é uma prática essencial para o setor de seguros, além de aprimorar a experiência do cliente. Hoje, a tecnologia e a automação tornam o processo mais eficiente e preciso, protegendo empresas e segurados. 

Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar: 

  • Um breve contexto das fraudes no mercado de seguros
  • O que é e como funciona o KYC no setor de seguros? 

- Benefícios do procedimento

- Passo a passo prático 

  • Como automatizar o processo com background check e investigações inteligentes?


Problema antigo e bastante conhecido pelas seguradoras, a fraude é uma das principais causas de prejuízos no segmento. Para combater essa realidade, a prática de KYC no setor de seguros (Know your Customer ou Conheça seu Cliente) verifica a identidade e a legitimidade dos clientes, promovendo mais mais confiabilidade e eficiência para empresas e segurados. 

De acordo com um estudo da Deloitte, as fraudes são responsáveis por cerca de 40% das perdas totais do mercado de seguros. Além disso, aproximadamente 10% dos sinistros em seguros patrimoniais e de acidentes envolvem alguma ilegalidade, gerando prejuízos anuais de US$122 bilhões

Nesse cenário, o KYC é uma etapa essencial para prevenir lavagem de dinheiro, golpes e outros crimes financeiros frequentes no segmento de seguros, garantindo que os dados cadastrais dos clientes são genuínos e cumprindo os padrões regulatórios. 

Mercado em alerta: um breve contexto das fraudes no setor de seguros 

De maneira geral, as fraudes em seguros ocorrem quando um indivíduo engana as seguradoras visando obter um benefício ou indenização indevidos. Como se pode imaginar, a situação é considerada crime e pode ocasionar sérios impactos legais e financeiros – tanto para o segurado, quanto para a seguradora. 

No caso das empresas do setor, as consequências podem incluir desde as óbvias perdas financeiras até danos à reputação, prejuízos de imagem e alta nos custos operacionais. 

Vale mencionar também o saldo negativo para a sociedade como um todo: o aumento nos custos para todos os segurados e a desconfiança geral em relação ao setor são possíveis (e graves) impactos.

🔎No Brasil, o segmento de saúde suplementar se destaca quando o assunto são prejuízos bilionários devido a fraudes e desperdícios. Dados do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar (IESS) a partir de pesquisa da Ernst & Young revelam perdas entre R$30 bilhões e R$34 milhões somente em 2022. 

O que é e como funciona o KYC no setor de seguros? 

Medida preventiva para garantir a idoneidade dos clientes, o KYC (Know your Customer) é um procedimento obrigatório no segmento financeiro, mas altamente recomendável para toda e qualquer organização. 

Na prática, o KYC no setor de seguros é uma série de medidas de checagem de dados dos segurados, verificando seu histórico e sua veracidade. Em outras palavras, o processo visa responder à pergunta: seu cliente é mesmo quem ele diz ser? 

Como mencionamos, o segmento financeiro envolve diversas regulamentações que exigem que as empresas realizem o chamado background check dos seus clientes, dificultando condutas ilegais. 

Nesse sentido, o KYC assegura o compliance das seguradoras ao mesmo tempo em que constrói relações de confiança com os segurados, promovendo inclusive serviços de mais qualidade a partir de informações verificadas. 

Leia também 👉 Background check: o que é, quais os tipos e como aplicar na sua empresa

Além da regulamentação: os benefícios do KYC para as seguradoras 

A lógica é simples: atendendo aos requisitos mínimos de KYC, as seguradoras garantem que seus clientes são reais, se tornam aptas a conhecer o perfil de cada um e são capazes de avaliar e monitorar os riscos envolvidos nessas relações comerciais. 

É interessante reforçar que os benefícios do procedimento também abrangem os próprios segurados: com esse conhecimento valioso em mãos, as empresas podem oferecer serviços mais customizados e coerentes com as necessidades do seu público, incluindo uma precificação mais justa. 

Entre as principais vantagens do KYC no setor e seguros, podemos citar:

  • Conformidade regulatória: a prática é essencial para atender aos rigorosos regulamentos contra lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e outros crimes financeiros, além de fortalecer a reputação da seguradora perante o mercado;
  • Maior confiabilidade na relação com o cliente: o procedimento de KYC tem a ver, acima de tudo, com a promoção de transparência. O cliente passa a entender como suas informações pessoais serão utilizadas, além de garantir uma experiência mais fluida e adaptada às suas demandas; 
  • Prevenção à Fraude: evitando crimes como a manipulação de dados cadastrais e a obtenção de indenizações irregulares, o KYC ajuda na detecção de comportamentos suspeitos e anomalias desde o início da relação comercial; 
  • Rapidez na análise de risco e subscrição: integrando dados confiáveis, as seguradoras agilizam seus procedimentos de análise de risco, cotação e emissão de apólices. Em consequência, é possível melhorar a eficiência operacional e reduzir os tempos de resposta, o que se reflete em maior competitividade. 

Como funciona o KYC para seguradoras na prática?

As verificações de KYC no setor de seguros envolvem o uso de fontes independentes e confiáveis de dados. Hoje, para otimizar e aumentar a precisão do processo, é possível lançar mão de plataformas automatizadas como o upMiner, que conta com mais de 2000 fontes para investigação em tempo real. 

Desde o momento da contratação do seguro até o monitoramento dos segurados, o procedimento verifica a autenticidade das informações fornecidas pelos clientes, abrangendo os dados cadastrais e a própria origem/movimentação dos recursos.

De maneira geral, o KYC no setor de seguros ocorre nas seguintes etapas:

1. Definição de políticas de KYC 

A política interna de Know your Customer deve determinar critérios importantes como os dados a serem coletados em cada categoria (pessoas físicas ou jurídicas), as fontes/ documentos para validação e os fatores de risco para os variados perfis de clientes.

Além disso, é recomendável determinar as responsabilidades da equipe no processo, as tecnologias/ferramentas a serem utilizadas e a frequência de atualização das informações cadastrais. 

 ↪️Importante: a política deve estar em conformidade com as normas da LGPD, PLD-FT e demais regulamentos do setor financeiro/de seguros. 

2. Onboarding (Coleta inicial de dados cadastrais)

Na fase de contratação do seguro, devem ser coletados dados e certificados essenciais para a confirmação de identidade. No caso de pessoas físicas, devem ser informados CPF, nome completo, RG/CNH, renda/ocupação profissional e comprovante de residência. 

Para pessoas jurídicas, os documentos abrangem CNPJ, endereço, razão social, contrato social, dados dos sócios, beneficiários finais, segmento de atuação e movimentação financeira estimada. 

3. Validação documental e de identidade 

Esta é a etapa da efetiva confirmação da autenticidade dos dados fornecidos pelos segurados. Na checagem, utilize tecnologias especializadas para pesquisas ágeis e precisas em base de dados confiáveis – tanto nacionais, quanto internacionais. 

Aqui, vale reforçar a importância da verificação em listas restritivas, tais como pessoas politicamente expostas (PEPs), OFAC, ONU e Interpol. 

4. Avaliação dos perfis de risco 

O próximo passo do KYC no setor de seguros consiste em atribuir um nível de risco ao cliente com base nos dados coletados. Para classificá-lo como risco baixo, médio ou alto, considere fatores como: 

  • Presença em listas de sanções ou envolvimentos em escândalos;
  • Histórico judicial e de crédito; 
  • Participações em empresas com passivos; 
  • Tipo, complexidade e valor do seguro contratado. 

5. Aprovação ou rejeição da contratação do seguro 

O “ok” final sobre a contratação do seguro deve ser baseado na análise do perfil do cliente e na definição do score de risco. Em caso de médio risco, por exemplo, a seguradora pode proceder solicitando dados complementares do cliente ou aplicando controles extras de segurança. 

Por sua vez, os casos de alto risco podem ter sua contratação imediatamente recusada ou seguir para a análise do setor de compliance. Para todos os efeitos, capriche na documentação da decisão final. 

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6. Atualização periódica dos dados do KYC 

Para manter a otimização e a atualização dos bancos de dados, o recomendado é definir um cronograma de revisão cadastral considerando os perfis de risco.

Um bom parâmetro, aqui, é revisar clientes de baixo risco a cada 2 ou 3 anos; clientes de médio risco anualmente e clientes de alto risco de forma trimestral ou semestral. Conte com a ajuda de ferramentas de enriquecimento de bases de dados para automatizar o processo! 

KYC no setor de seguros: automatize com background check e investigações inteligentes 

Se toda a jornada de verificação dos segurados parece trabalhosa, densa e complexa (especialmente quando consideramos as exigências e penalidades relativas ao compliance), a realização manual do KYC realmente se torna inviável. 

A boa notícia é que a tecnologia e automação já são uma realidade para aumentar a escalabilidade, a produtividade e a precisão dos procedimentos de Know your Customer. 

Dados divulgados pelo InfoMoney revelam que o setor de seguros em saúde está aumentando os investimentos em inovação e inteligência artificial, e o estudo já mencionado da Deloitte afirma que a implementação de IA na detecção de fraudes pode resultar em uma economia global de até US$160 bilhões até 2032 nesse mercado.

↪️Diante desse cenário, sistemas especializados em compliance e gestão de riscos como o upMiner são grandes aliados em todas as etapas do KYC no setor de seguros: 

  • Colete dados em +2000 fontes confiáveis apenas com a inserção do CPF, CNPF ou razão social;
  • Verifique a autenticidade dos dados cadastrais em poucos cliques e com insights relevantes de análise, identificando documentos falsos ou alterados;
  • Avalie potenciais desafios e gere scores de riscos em poucos segundos e a partir de parâmetros personalizados, automatizando processos de background check e due diligence;
  • Realize o enriquecimento periódico de dados na sua base cadastral, processando grandes volumes de informação em um único comando. 

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Imagem de capa: Freepik