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Investigação corporativa: quando e como realizar com sucesso?

Atualizado em 20 de agosto de 25 | Geral  por

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Redação upLexis

Grupo de executivos dialogando ao fundo e documentos de análise em primeiro plano, representando o tema da investigação corporativa nas organizações.

Visando averiguar condutas irregulares, antiéticas ou ilegais por parte de seus colaboradores ou terceiros, a investigação corporativa tem caráter corretivo e é um recurso essencial para assegurar a  integridade, a transparência e a conformidade nas organizações

Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar: 

  • O que é investigação corporativa e qual a sua importância? 
  • Investigação corporativa x Auditoria Interna: qual a diferença?  
  • Os tipos de investigação corporativa 
  • Quando o processo é necessário: os sinais de alerta 
  • Passo a passo de realização
  • Impulsione sua investigação com o upMiner!

De acordo com o portal Consultor Jurídico, as práticas de investigação corporativa vêm crescendo no Brasil, especialmente após a promulgação da Lei Anticorrrupção (Lei nº 12.846/2013), que estimulou a adesão aos programas de integridade e aos controles internos. 

Essenciais quando o assunto é compliance empresarial, essas análises internas fortalecem a governança e ajudam na detecção proativa de fraudes, alegações de má conduta e outras irregularidades, protegendo a reputação e a sustentabilidade financeira dos negócios. 

A seguir, adentramos o universo da investigação corporativa e sua importância, incluindo seus diferentes tipos, os sinais que indicam a necessidade do processo e as etapas indispensáveis para tirar essa investigação do papel. Vamos lá? 

Afinal, o que é investigação corporativa e qual a sua importância? 

A investigação corporativa é um processo estruturado de análise realizado pelas organizações para investigar condutas irregulares, antiéticas ou ilegais por parte de seus colaboradores ou terceiros relacionados à empresa, a exemplo de parceiros e fornecedores. 

Em outras palavras, a investigação corporativa visa solucionar possíveis violações ao código de conduta, às políticas internas e às leis aplicáveis ao negócio, identificando conflitos de interesse, fraudes e outros comportamentos ilícitos

Vale a pena destacar que, com a condução adequada do processo e a implementação de medidas corretivas, é possível alcançar um ambiente empresarial mais seguro, ético e sustentável do ponto de vista jurídico. Adicionalmente, benefícios como o fortalecimento da governança, a mitigação de riscos corporativos e o aumento da conformidade também podem ser mencionados.

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Investigação corporativa x Auditoria interna: qual a diferença? 

Quando a pauta é a investigação corporativa, uma dúvida bastante comum é sua distinção em relação à auditoria interna, outro conceito relevante em se tratando da integridade nas empresas. De fato, ambos os termos envolvem apuração, controle e mitigação de riscos, mas contam com objetivos e momentos de realização distintos. 

Nesse sentido, a investigação tem caráter reativo e pontual, ocorrendo quando há denúncia de má conduta, fraudes e outras violações. Além disso, busca averiguar se houve mesmo irregularidades, detectar os responsáveis e recomendar ações corretivas. 

Por sua vez, a auditoria interna é de cunho proativo, sendo realizada de maneira planejada e recorrente. Nesse caso, a atuação é mais abrangente, visando identificar possíveis falhas em processos e corrigi-las antes que se tornem grandes problemas. 

Portanto, de forma resumida, a investigação corporativa é uma averiguação corretiva e pontual, enquanto a auditoria interna se caracteriza como uma apuração preventiva e periódica.

Tipos de investigação corporativa 

Aqui, é importante lembrar que a investigação corporativa é uma espécie de trabalho forense no universo empresarial. É fundamental, no entanto, que esse processo seja realizado nos limites do compliance, a partir de evidências confiáveis e de forma a proteger dados pessoais e sensíveis dos envolvidos. 

A depender do seu objetivo e do seu papel estratégico para o negócio, a investigação corporativa pode ser de diferentes tipos. Os principais incluem: 

  • Investigações de fraudes;
  • Rastreamento e recuperação de ativos;
  • Má conduta/assédio no ambiente de trabalho; 
  • Investigações de compliance e cunho regulatório;
  • Roubo de propriedade intelectual; 
  • Background check e due diligence de terceiros; 
  • Investigações de cibercrimes. 

Leia mais 👉 Gestão de terceiros: veja como facilitar o processo de monitoramento 

Quando o processo é necessário: os sinais de alerta 

Como vimos, a investigação corporativa é um processo reativo, sendo desencadeado por denúncias ou alegações de irregularidades inesperadas.  

Nesse cenário, segundo a PwC, diversos eventos e crises podem justificar uma investigação, tais como: 

  • Suspeita de má conduta, desvio ou fraude;
  • Denúncia interna ou veiculada na mídia;
  • Perda de propriedade intelectual ou dados confidenciais;
  • Atos de corrupção; 
  • Notificação/auditoria de órgão regulador ou autoridade. 

Vale acrescentar, ainda, outros possíveis fatores desencadeantes comuns, como brechas/vazamentos de cibersegurança, transações financeiras suspeitas, indícios de lavagem de dinheiro e a realização de due diligence prévia a fusões & aquisições ou novas parcerias

As etapas da investigação corporativa 

De acordo com um estudo da Deloitte, que analisou a evolução da integridade no ambiente corporativo brasileiro, as empresas tendem, cada vez mais, a considerar os riscos associados a terceiros, que passaram a ser mais avaliados e constituem o principal desafio da função de compliance

Nessa perspectiva, a investigação corporativa se insere como uma ferramenta-chave para apurar denúncias relativas a stakeholders e mitigar os perigos adjacentes, incluindo riscos reputacionais, operacionais, legais e financeiros, entre outros.  

A seguir, confira as principais etapas para tirar essa prática do papel:

1. Coleta e formalização da denúncia 

Em geral, os relatos de irregularidades chegam através de denúncias anônimas (informadas no canal formal da empresa) ou ainda sob notificações de autoridades/denúncias veiculadas na mídia.

Independentemente da origem da alegação, é responsabilidade da organização acolhê-la de maneira confidencial e tratá-la com a devida seriedade, partindo para a fase de documentação e classificação por nível de gravidade

2. Planejamento da investigação 

Como não poderia deixar de ser, a investigação corporativa também tem sua fase de planejamento inicial, que deve incluir a definição do escopo do processo, os objetivos e os recursos necessários, além do cronograma de execução. 

3. Coleta de evidências 

Esta é a fase de angariar e preservar provas que possam sustentar (ou não) a alegação. Isso inclui o agendamento/realização de entrevistas com testemunhas e a análise/coleta de dados em e-mails, documentos, sistemas e demais fontes cabíveis. 

4. Análise minuciosa de evidências 

Com todas as informações coletadas em mãos, é o momento de apurá-las e analisá-las para detectar padrões, causas e responsáveis. 

Vale destacar, aqui, a necessidade de verificar a credibilidade e a relevância das evidências, assim como o atendimento a critérios de imparcialidade e compliance

5. Elaboração de relatório 

Após uma averiguação cuidadosa, é fundamental documentar todo o processo com clareza e objetividade na forma de um relatório conclusivo. 

Esse relatório deverá incluir um resumo da denúncia, das evidências e das posteriores descobertas/conclusões, atuando também como um subsídio valioso para a tomada de decisão..

6. Implementação de ações corretivas 

Por fim, entra em cena a fase de aplicar as medidas necessárias para corrigir a situação irregular e evitar que ela se repita. Essas ações, vale lembrar, podem incluir desde sanções disciplinares até treinamentos de reforço sobre o Código de Ética e Conduta do negócio. 

Adicionalmente, pode ser preciso lançar mão de ajustes na estrutura organizacional para minimizar riscos de grande escala e fomentar a cultura de integridade. 

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