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Compliance e gestão de riscos: entenda a relação entre os conceitos

Atualizado em 30 de abril de 25 | Geral  por

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Redação upLexis

Executivo trabalhando em uma tela com análises e gráficos, representando os processos de compliance e gestão de riscos.

Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar: 

  • Recapitulando: o que é compliance e gestão de riscos?
  • Mapeando as principais diferenças
  • Sinergia necessária: como os conceitos se complementam? 
  • Por que investir em compliance e gestão de riscos é tão indispensável? 
  • Como integrar compliance e gestão de riscos na sua empresa?
  • Conclusão 

Se os conceitos de compliance e gestão de riscos têm uma importância inegável para empresas de todos os portes e segmentos - e são amplamente difundidos no meio corporativo -, a verdade é que as associações e diferenças entre ambos ainda são fonte de muitas dúvidas e desafios. 

Já adiantamos: embora sejam áreas distintas, essas ferramentas podem e devem atuar de maneira complementar, assegurando a sustentabilidade, a reputação positiva e, sim, o crescimento de qualquer organização. 

Nesse cenário, a edição mais recente da Pesquisa de Maturidade de Compliance no Brasil, realizada pela KPMG, traz alguns insights interessantes: o nível de maturidade do compliance nas empresas nacionais subiu de 3,07 em 2021 para 3,09 em 2024, o índice mais alto desde 2015, ano em que o estudo passou a ser realizado. 

Em contrapartida, entre os principais pontos de melhoria, a pesquisa cita a implementação de programas de gerenciamento de riscos de terceiros (TPRM) e a adaptação aos riscos emergentes, o que nos fornece pistas reveladoras sobre o tema deste artigo.

Prossiga a leitura para desvendar a (valiosa) relação entre compliance e gestão de riscos e dê um passo além no seu negócio!

Recapitulando: o que é compliance e gestão de riscos?

Na prática, tanto o compliance, quanto a gestão de riscos ajudam as empresas a manterem sua integridade e estabilidade em diversas frentes. Sem dúvidas, não é possível contar com um programa robusto de gerenciamento de riscos sem o pilar do compliance - e vice-versa. 

Acompanhe:

Compliance 

Nomeado a partir do verbo em inglês “to comply” (cumprir, consentir, obedecer), o compliance geralmente é traduzido como “conformidade” e diz respeito ao cumprimento de regulamentos, leis, padrões éticos e políticas internas nas empresas. 

Entre as principais legislações a serem atendidas pelas organizações, podemos citar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a Lei Anticorrupção e a Lei de Lavagem de Dinheiro. Vale destacar, ainda, que o conceito também se refere ao âmbito interno das empresas, promovendo a ética e a transparência em todos os níveis: é o caso do código de ética e conduta e da implementação de um canal de denúncias, por exemplo. 

Nesse sentido, além da conformidade com as normas nacionais, internacionais, governamentais e de órgãos reguladores, um programa sólido de compliance envolve iniciativas de cultura organizacional e o engajamento dos colaboradores. 

👉 Leia também: Compliance: o que é, quais os tipos e como aplicá-lo na sua empresa?  

Gestão de riscos 

Por sua vez, a gestão de riscos se dedica a detectar, avaliar e mitigar os diversos riscos que rondam uma organização, desenvolvendo estratégias para evitar e enfrentar esses potenciais perigos. 

É importante ter em mente que as ameaças são as mais variadas, incluindo riscos de reputação, financeiros, cibernéticos, legais (note aqui os riscos de compliance!) e operacionais. Abrangendo desde fraudes internas envolvendo colaboradores até ataques cibernéticos que podem ameaçar os dados sigilosos da organização, o gerenciamento de riscos atua para prevenir e combater falhas e incidentes. 

Aqui, vale notar que a gestão de riscos nas empresas nunca foi tão desafiadora - e necessária. Em todo o mundo, os negócios precisam lidar com dificuldades cada vez mais complexas, incluindo questões regulatórias, sociais e de cibersegurança. 

Mapeando as principais diferenças 

Embora tenham um objetivo em comum - minimizar os danos nas empresas e contribuir para a sua continuidade -, o compliance e a gestão de riscos têm atuação e focos diferentes. Se a gestão de riscos cumpre seu papel ao neutralizar as ameaças internas e externas, o compliance entra em cena para prevenir e corrigir práticas antiéticas e corruptas. 

Nesse sentido, é importante mapear as diferenças entre as áreas porque suas respectivas atividades merecem abordagens e ações específicas. Fique de olho: 

  • Caráter prescritivo x Caráter preditivo: o compliance tem natureza prescritiva (ou seja, que estabelece ações para alcançar determinados resultados) porque guia as empresas na aderência aos regulamentos e normas já estabelecidos. A gestão de riscos, por sua vez, atua de forma preditiva: sua função é prever os impactos que uma empresa poderá sofrer, impulsionando novos e inovadores processos (e não “obedecendo” a regras existentes) para minimizar os riscos e até tirar proveito estratégico desses revezes. 
  • Abordagem tática x Abordagem estratégica: de fato, o não atendimento ao compliance pode acarretar graves penalidades e multas, além de danos à reputação da marca. Ainda assim, ele demanda uma abordagem mais próxima ao “checklist” (tática), buscando cumprir as leis e regulamentos existentes. Por outro lado, a gestão de riscos está mais baseada em uma aprofundada análise estratégica para avaliar diferentes cenários de riscos e determinar aqueles que “valem a pena”. 
  • Aversão ao risco x Geração de valor: é claro que a importância do compliance é inegável e que a sua estruturação traz inúmeros benefícios para as empresas. Porém, a conformidade com as leis raramente se traduz em geração de valor sem o apoio da abordagem preditiva da gestão de riscos. Enquanto o compliance assegura que uma norma foi atendida (evitando os perigos associados), a gestão de riscos é capaz de transformar os “males necessários” relativos à conformidade em uma verdadeira proposta de valor para os negócios. 

Sinergia necessária: como os conceitos se complementam? 

A essa altura, fica evidente que integrar as frentes de compliance e gestão de riscos é um grande acerto para o sucesso de ambas. Indispensáveis para as organizações, as práticas se complementam ao criar uma visão sistêmica do negócio e estabelecer o diálogo entre os setores envolvidos

Na prática, a gestão de riscos se integra à cultura do compliance como um dos recursos de prevenção, identificação e definição das regras de monitoramento de potenciais ameaças - lembrando ainda que a avaliação dos riscos é um dos pilares de um programa de compliance bem estabelecido. 

De fato, gerenciar os riscos é essencial para desenvolver processos eficazes de conformidade, focalizando os recursos e esforços nos campos mais críticos. Em contrapartida, um bom programa de compliance auxilia na correta implementação da gestão de riscos em toda a empresa, trazendo mais transparência, controle e maturidade para as operações

Por que investir em compliance e gestão de riscos é tão indispensável para as empresas? 

Ao se comprometer seriamente com as exigências regulatórias e a avaliação contínua dos riscos em potencial, as organizações podem usufruir dos seguintes benefícios:

  • Redução de perdas financeiras e penalidades legais: com práticas sólidas de compliance e gestão de riscos, é possível identificar quaisquer ameaças internas e externas e implementar políticas de mitigação com antecedência, evitando graves multas e prejuízos;
  • Ganho de diferencial competitivo: os negócios comprometidos com compliance constroem confiança e credibilidade em um mercado cada vez mais exigente, assegurando aos seus parceiros, investidores e clientes de que operam de forma segura e responsável; 
  • Conformidade com a legislação e órgãos regulatórios: enquanto a gestão de riscos ajuda a detectar possíveis lacunas de atendimento às leis, um bom programa de compliance auxilia as empresas a cumprirem com seus requisitos legais e evitarem penalidades, demonstrando seu compromisso com processos éticos de negócio;
  • Proteção da reputação e confiabilidade: um dos benefícios mais relevantes das práticas aqui descritas, a manutenção da imagem positiva da empresa é conquistada com operações éticas, atendimento aos regulamentos e um gerenciamento proativo de riscos;
  • Adaptação aos riscos emergentes e mudanças legais: em um mundo corporativo cada vez mais dinâmico e desafiador (incluindo novas ciberameaças e incertezas econômicas), programas robustos de compliance e gestão de riscos ajudam a preparar a empresa para mudanças e adversidades, reduzindo os potenciais impactos. 

Afinal, como integrar compliance e gestão de riscos na sua organização? 

Agora que você sabe que aliar as duas frentes é fundamental para atender tanto às exigências regulatórias, quanto os objetivos estratégicos do negócio, vamos à prática: 

1. Comece alinhando e definindo os objetivos 

O primeiro passo é garantir que os esforços de compliance e gestão de riscos estejam alinhados com as metas e objetivos globais da organização, considerando os requerimentos regulatórios e também as prioridades estratégicas. 

Com a integração das duas áreas, o objetivo pode ser melhorar a eficiência ou aprimorar o processo de detecção de riscos, por exemplo. 

2. Estabeleça e incentive a colaboração entre departamentos 

Fomente uma cultura de comunicação e colaboração entre os setores e cargos associados à compliance e gestão de riscos, identificando pontos de conexão e otimizando os esforços. 

Aqui, é importante definir papéis e funções com clareza, delegando tarefas e estabelecendo responsáveis por projetos (owners) sempre que possível. Dessa forma, é possível evitar retrabalhos, atribuições duplicadas e “desvios de rota”.

3. Centralize a gestão de terceiros 

É um fato: tanto o compliance, quanto a gestão de riscos demandam que a organização identifique, avalie, mitigue e monitore quaisquer riscos associados às suas relações com terceiros (parceiros, fornecedores, colaboradores e outros stakeholders). 

Nesse sentido, é extremamente recomendado consolidar todos os esforços dessa gestão em uma plataforma integrada que centraliza o compliance e o gerenciamento de riscos (GRC)

4. Incorpore a gestão de riscos e a conformidade no operacional e na tomada de decisão

A ideia, aqui, é integrar as práticas nas operações diárias da empresa, assim como nos frameworks de tomadas de decisão. Um possível caminho, para citar um exemplo, é incorporar as avaliações de riscos e atividades de compliance nas rotinas de gestão de projetos, planejamento estratégico e processos de avaliação de performance. 

5. Invista em tecnologia e automação 

Ferramentas como softwares de governança, risco e compliance (GRC) são valiosas para automatizar atividades de conformidade e gestão de riscos e rastreá-las de forma integrada. Além disso, esses recursos facilitam o compartilhamento de dados, análises e relatórios, promovendo mais eficiência e produtividade no dia a dia de trabalho. 

A plataforma upMiner é especializada na coleta e na estruturação de grandes volumes de dados, auxiliando centenas de empresas a otimizarem seus processos de compliance e gestão de riscos (a exemplo de due diligence e background check). 

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Conclusão 

Intimamente conectadas, as práticas de compliance e gestão de riscos não apenas devem ser uma prioridade nas organizações, mas também integradas de forma estratégica para extrair o máximo potencial dos seus benefícios. 

Afinal, apesar dos diferentes focos (e da necessidade de estruturação de demandas específicas), ambos os processos almejam um objetivo fundamental para o sucesso de toda organização: aprimorar e manter sua sustentabilidade e resiliência. 

Esperamos que este conteúdo faça a diferença no seu negócio. Até a próxima! 🚀

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