KPIs para monitorar riscos de terceiros: como definir e automatizar?
Atualizado em 26 de setembro de 25 | Geral por
Definir KPIs para monitorar riscos de terceiros é uma etapa importante para reduzir vulnerabilidades e proteger a reputação corporativa. Indicadores como conformidade regulatória, due diligence atualizada e alinhamento ESG tornam o acompanhamento mais eficaz e objetivo. Com a automação, empresas ganham eficiência, transparência e relatórios em tempo real, fortalecendo a governança e a resiliência da cadeia de fornecedores.
Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar:
- Afinal, por que monitorar riscos de terceiros?
- O papel dos KPIs na gestão de riscos
- Como definir KPIs para monitorar riscos de terceiros?
- Como automatizar KPIs para monitorar riscos de terceiros?
- As vantagens da automação
Diante de um cenário em que as empresas atuam em redes complexas de fornecedores, parceiros e prestadores de serviços, a gestão de riscos de terceiros tornou-se um tema estratégico.
De fato, questões relacionadas a compliance, sustentabilidade, reputação e continuidade operacional podem ser diretamente impactadas por falhas de parceiros externos. Segundo um estudo da Deloitte, publicado em 2025, apenas 1 em cada 10 empresas brasileiras consideram seu nível de gestão de riscos como “maduro”.
Nesse contexto, surge uma necessidade fundamental: definir KPIs para monitorar riscos de terceiros de forma estruturada, clara e, preferencialmente, automatizada.
A seguir, saiba como definir os indicadores mais relevantes, por que eles são importantes e como elevar a eficácia do monitoramento contínuo com automação!
Afinal, por que monitorar riscos de terceiros?
Antes de falar em KPIs, é essencial compreender a importância da checagem e do monitoramento correto. A verdade é que terceiros podem ser responsáveis por parte significativa da cadeia de valor de uma empresa, mas também representam vulnerabilidades alarmantes.
Exemplos de riscos comuns associados a fornecedores, parceiros e outros incluem:
- Riscos reputacionais: associação a stakeholders envolvidos em práticas ilícitas ou insustentáveis;
- Riscos de compliance: descumprimento de legislações como LGPD, leis anticorrupção ou normas ambientais;
- Riscos operacionais: falhas em entregas críticas, interrupções de serviços ou problemas de qualidade;
- Riscos financeiros: instabilidade econômica ou incapacidade de manter contratos.
Nessa perspectiva, sem processos de investigação bem definidos e um monitoramento adequado, a organização fica exposta a impactos que poderiam ser prevenidos com indicadores claros de desempenho e risco.
O papel dos KPIs na gestão de riscos de terceiros
Em resumo, os chamados KPIs (Key Performance Indicators) são métricas que permitem acompanhar o desempenho e a exposição a riscos de forma mensurável. No contexto da gestão de terceiros, esses indicadores ajudam a responder perguntas estratégicas, tais como:
- Quais fornecedores apresentam maior risco para a operação?
- Há parceiros que não cumprem padrões de compliance e podem comprometer a reputação da empresa?
- Qual a eficiência dos processos de due diligence e monitoramento contínuo?
Com essas questões em mente, é simples concluir que definir KPIs adequados significa transformar riscos intangíveis em métricas objetivas, facilitando o acompanhamento e a tomada de decisão no gerenciamento de riscos.
Como definir KPIs para monitorar riscos de terceiros?
Definir bons indicadores exige método e clareza. A seguir, compilamos 4 ações-chave para esta etapa:
1. Comece mapeando riscos relevantes
Cada empresa tem uma realidade distinta. Um banco, por exemplo, pode priorizar riscos de lavagem de dinheiro e fraude, enquanto uma indústria pode ter seu foco em riscos ambientais ou de saúde e segurança. O primeiro passo, portanto, é mapear quais riscos são críticos para o negócio e suas particularidades.
2. Alinhe os KPIs aos objetivos estratégicos
Os KPIs precisam dialogar com os objetivos maiores da empresa, simples assim. Se há uma forte agenda de ESG em cena, por exemplo, indicadores de sustentabilidade e diversidade entre fornecedores ganham protagonismo.
3. Priorize métricas realmente mensuráveis
Parece óbvio, mas vale reforçar: seus KPIs devem ser objetivos, com dados passíveis de coleta e comparação ao longo do tempo. Métricas vagas ou qualitativas dificultam o correto monitoramento.
4. Defina benchmarks
Um KPI só tem valor se houver parâmetros de comparação. Isso pode incluir metas internas, médias de mercado ou requisitos regulatórios.
7 Exemplos de KPIs para monitorar riscos de terceiros
A seguir, elencamos 7 dos indicadores mais utilizados para acompanhar riscos de terceiros. Tome nota:
1. Taxa de conformidade regulatória
Trata-se do percentual de fornecedores que cumprem todas as exigências legais e normativas aplicáveis (trabalhistas, fiscais, ambientais, anticorrupção, etc.).
2. Índice de due diligence atualizada
Essa métrica mede quantos terceiros têm processos de due diligence concluídos e revisados dentro do prazo definido pela política da empresa.
3. Tempo médio de resposta a incidentes
Indica a agilidade do terceiro em responder a falhas, não conformidades ou crises.
4. Número de incidentes de compliance por período
Quantifica ocorrências como denúncias de fraude, corrupção, assédio ou práticas ambientais irregulares.
5. Índice de risco financeiro
Avalia a estabilidade econômica do stakeholder, considerando inadimplência, rating de crédito ou indicadores de solvência.
6. Taxa de auditorias concluídas com não conformidades
Mostra a proporção de terceiros que falharam em auditorias internas ou externas.
7. Nível de alinhamento ESG
Percentual de fornecedores que cumprem critérios socioambientais e de governança definidos pela empresa.
Vale destacar que esses são apenas exemplos: cada organização deve adaptar a lista de KPIs para refletir os riscos mais críticos da sua cadeia de valor.
Como automatizar KPIs para monitorar riscos de terceiros?
Definir indicadores é apenas parte da equação. O verdadeiro desafio está em acompanhar esses dados de maneira contínua e eficiente. Nesse ponto, a automação se torna indispensável.
Ilustrando essa importância, um estudo da Grand View Research revelou que os negócios estão, cada vez mais, buscando soluções que oferecem insights em tempo real e respostas automatizadas a ameaças.
Saiba como inserir sua organização nessa realidade:
1. Plataformas de gestão de riscos e compliance
Ferramentas especializadas como upMiner permitem integrar informações de diferentes fontes (cadastros, relatórios financeiros, listas restritivas, notícias, bases regulatórias) e consolidar os dados em dashboards de fácil visualização.
2. Monitoramento em tempo real
Com automação, é possível detectar mudanças no perfil de risco de um parceiro em tempo real — por exemplo, se um fornecedor é incluído em listas de sanções internacionais ou se uma notícia negativa impacta sua reputação.
3. Atualização automática de due diligence
Processos manuais de revisão de terceiros podem ser lentos e suscetíveis a falhas. Plataformas digitais permitem reavaliar fornecedores periodicamente, de forma programada e com alertas automáticos.
4. Relatórios dinâmicos
Automatizar KPIs facilita a criação de relatórios sob demanda, que podem ser compartilhados com gestores, auditoria interna e conselho de administração.
Benefícios da automação de KPIs de riscos de terceiros
A combinação entre KPIs bem definidos e automação gera benefícios diretos para a empresa:
- Eficiência operacional: menos tempo gasto em tarefas manuais e maior foco em análise estratégica.
- Redução de custos: mitigação de riscos que poderiam gerar perdas financeiras ou multas regulatórias.
- Maior transparência: relatórios claros fortalecem a governança e a prestação de contas.
- Reputação protegida: monitoramento proativo evita associações com terceiros envolvidos em práticas ilícitas ou antiéticas.
- Tomada de decisão baseada em dados: os gestores passam a ter uma visão confiável e atualizada sobre a saúde da cadeia de terceiros.
Em um mercado cada vez mais regulado e competitivo, a dependência de terceiros exige uma abordagem estratégica para mitigar riscos. Definir KPIs para monitorar riscos de terceiros é o primeiro passo para tornar esse processo tangível, mensurável e alinhado aos objetivos da empresa.
Contudo, em um ambiente dinâmico, não basta apenas definir indicadores: é fundamental contar com tecnologia e automação para garantir monitoramento contínuo, relatórios confiáveis e reavaliações constantes.
Assim, as empresas não apenas reduzem vulnerabilidades, mas também constroem cadeias de fornecimento mais transparentes, éticas e resilientes. Esses, afinal, são fatores que fortalecem a confiança de clientes, investidores e da sociedade em geral.
Esperamos que tenha gostado do conteúdo! Clique no banner abaixo e solicite um teste grátis do upMiner para conhecer o poder da automação aplicado à gestão de riscos!
Imagem: Freepik