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Fraudes no varejo: quais são e como combatê-las?

Fraudes no varejo: quais são e como combatê-las?

Atualizado em 4 de agosto de 22 | Geral  por

Rômullo Martins

Os casos de fraude vêm aumentando gradativamente no Brasil. Segundo o jornal Folha Vitória, a pesquisa do Radar Febraban (Federação Brasileira dos Bancos) mostrou que o número de vítimas de golpes financeiros aumentou no último ano.

O estudo foi realizado com três mil pessoas de todas as regiões do país. Em setembro de 2021, 21% dos entrevistados relataram ter caído em algum tipo de fraude. Já em junho de 2022, esse percentual subiu para 31%. 

Segundo a revista Exame, para 2022, a previsão é que as fraudes se intensifiquem, como já vem acontecendo. De acordo com um levantamento da Feedzai, uma das tendências no Brasil é o phishing, um golpe comum e perigoso.

No varejo não é diferente, quanto mais brasileiros migram para o digital, maior será a proporção de fraudadores no e-commerce e as empresas precisam atentar-se a isso.

De acordo com a Pesquisa de Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil, realizada em 2018 pela consultoria KPMG, apenas 42% das empresas do varejo possuem um gerenciamento de riscos maduro.

Neste conteúdo, vamos conhecer quais os principais tipos de fraudes no varejo e como a tecnologia pode ajudar a combatê-las. Acompanhe!

Quais são os principais tipos de fraude no varejo?

Roubos de identidade

Os roubos de identidade são um tipo de fraude em que se obtém os dados pessoais e informações sensíveis dos usuários, como endereços, documentos de identificação, números de cartão de crédito, senhas e dados bancários.

Quando a fraude é no varejo, o criminoso ganha acesso aos dados da conta de um dos usuários da loja.

Os dados podem ser adquiridos por diversos métodos, como comprando listas de senhas roubadas e informações pessoais na dark web, por crimes de phishing, roubos de dispositivos, malware, hacking ou vazamento interno de dados das organizações.

Com acesso às contas dos clientes, os fraudadores podem optar por fazer compras no site do varejista ou alterar as informações do usuário para assumir aquela conta para si.

Isso pode causar sérios prejuízos para os clientes do varejo e também para a reputação do próprio varejista, pois os consumidores sentirão que seus dados não estarão seguros nas mãos do e-commerce e buscarão concorrentes que ofereçam medidas de segurança mais robustas.

Phishing 

Phishing é um tipo de roubo de identidade, no qual o fraudador manipula o usuário de modo a atraí-lo para clicar em links duvidosos, para assim adquirir informações e dados pessoais.

Ao clicar, o usuário é direcionado para um site falso, muitas vezes em nome de alguma empresa, e acaba fornecendo voluntariamente dados pessoais pensando estar no site da instituição.

Emissão de cartões do varejo

Os fraudadores utilizam-se de dados roubados para abrir contas em bancos e emitir cartões.

Assim podem realizar transações financeiras fraudulentas e o responsabilizado será o proprietário dos dados que foram utilizados de forma indevida.

Fraudes do cartão de crédito

Essas são um dos tipos mais comuns de fraude no varejo. Ocorre quando os fraudadores efetuam compras online utilizando dados bancários e de cartões de créditos roubados. 

A princípio, geralmente o criminoso ainda não sabe se o cartão de crédito realmente funciona e qual o limite associado a ele. Para isso, é comum testá-lo fazendo pequenas compras em sites do varejo, muitas vezes com o uso de bots e scripts para testar diversos cartões rapidamente.

As compras em valor mínimo costumam passar despercebidas nos extratos do indivíduo cujos dados de cartão de crédito foram roubados.

Ao ser bem-sucedido nessa compra, o fraudador descobre quais são os cartões legítimos, e passa então a utilizá-los para fazer compras maiores.

Na maioria das vezes, os proprietários, quando ficam cientes da compra, solicitam o cancelamento ou reembolso do valor pago, mas pode acontecer do produto já ter sido enviado para o fraudador, causando prejuízos para o varejista.

Páginas de pagamento falsa

Acontece quando o usuário é direcionado para uma página falsa na qual insere os dados bancários e pessoais e tem seu pagamento desviado para o fraudador.

Para isso, o golpista invade um site por meio de hacking e altera o link das páginas finais do pagamento.

Fraudes de fornecedores

São fornecedores nas plataformas de e-commerces que disponibilizam produtos que não existem por preços absurdamente baixos. Quando o usuário efetiva a compra, os produtos nunca são enviados, mas o pagamento é mantido.

Chargeback

Também conhecido como fraude de estorno, ou fraude amigável, acontece quando o usuário faz uma compra no site e, assim que recebe o produto, retoma o contato com a sua instituição financeira, de forma má-intencionada, afirmando que seu cartão foi roubado e solicita o cancelamento. 

Nesse caso, a empresa de cartão de crédito faz um estorno no valor da transação para o fraudador, mas esse valor ainda precisa ser pago pelo varejista.

Fraude de triangulação

A fraude de triangulação ocorre quando o golpista cria um site falso com produtos de alta demanda por um preço abaixo da média com o objetivo de coletar dados como cartão de crédito, endereço, CPF, nome completo e demais informações das pessoas que demonstraram interesse. 

Uma vez com essas informações em mãos, o fraudador faz compras em sites reais com os dados bancários coletados no esquema acima e revende os produtos comprados.  

Como evitar fraudes no varejo?

Situações de fraude podem ser muito prejudiciais, podemos citar perdas financeiras e reputacionais, seja pelas perdas durante a fraude, pelo recebimento de multas e punições ou pela perda da credibilidade entre os clientes.

Por isso é fundamental a prevenção de riscos no varejo. Só assim a empresa consegue se antecipar, identificando comportamentos suspeitos e atividades fraudulentas antes que os golpes aconteçam.

Um trabalho robusto de identificação de fraude ajuda a evitar problemas jurídicos desnecessários, traz mais credibilidade à organização diante de seus stakeholders e abre as portas para novas oportunidades de negócio.

Destaca-se que a responsabilidade pela prevenção e identificação de fraudes é das áreas de governança corporativa e compliance, que devem manter sistemas adequados de controle para mitigar esses riscos.

Para isso, é necessário conduzir uma série de procedimentos, que vão desde a análise do histórico do cliente até o estabelecimento de scores para avaliação de transações. A seguir, vamos conferir as principais formas de evitar fraudes no varejo:

Onboarding digital

O onboarding digital (aceitação online de clientes), procedimento também conhecido como Know Your Customer (KYC), ocorre durante a concretização da parceria entre o cliente e a empresa. 

Um processo de onboarding digital ágil e eficiente garante uma melhor experiência para o cliente.

Por meio da verificação de diferentes análises, como dados financeiros, de identidade e de perfil de risco, a empresa certifica-se de que as informações apresentadas pelo cliente são verídicas.

No entanto, com o alto volume de dados, é preciso contar com processos e ferramentas que o tornem mais seguro e confiável. Esses recursos permitem fazer a identificação de identidade e prevenir fraudes de forma muito mais rápida e eficiente.

Background check

Background check é o processo de confirmação de identidade e histórico por meio da consulta de antecedentes de pessoas físicas ou jurídicas em bancos de dados públicos e/ou privados.

Essa verificação é essencial para as políticas de compliance da empresa e é comum ser feito para aceitação de clientes, colaboradores, fornecedores e parceiros.

Além de apurar a veracidade dos dados enviados, também é possível identificar riscos com investigações como análise de processos judiciais para conferir indícios de fraudes anteriores.

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Monitoramento

Quando se trata de gestão de riscos e identificação de fraude, muitas não costumam manter um processo contínuo de diligência, isto é, investigam uma vez, mas não fazem a reavaliação contínua.

Para garantir a efetividade das etapas anteriores, é indispensável realizar o monitoramento no gerenciamento de fraudes.

Para isso, é necessário manter no radar as movimentações, acompanhando situações como: registro de novos processos judiciais, mudanças em quadros societários, relações com PEPs, entre outros.

A tecnologia é grande aliada para garantir o monitoramento de riscos e fraudes, só assim as empresas terão condições de identificar previamente e antecipar ações fraudulentas antes que elas gerem prejuízos.

Nesse sentido, um dos principais fatores para o sucesso desse monitoramento é o acesso a bancos de dados confiáveis e atualizados, que contem com informações relevantes como de listas de restrições nacionais e internacionais.

Enriquecimento de dados

Para que todas essas análises e monitoramentos de informações sejam corretas, eficientes e confiáveis, é preciso manter os bancos atualizados.

Assim, as empresas terão cadastros em dia, possibilitando uma consulta confiável de informações necessárias para a gestão.

Neste cenário, inclusive, é bom contar com ferramentas de mineração de dados para facilitar a higienização e enriquecimento da base de dados.

Como a upLexis pode ajudar a sua empresa

Sabemos que muitas vezes as fraudes no varejo podem ser preocupantes quando o time de compliance não possui ferramentas tecnológicas que ajudam na gestão de riscos.

Com o upMiner, plataforma de gestão de riscos da upLexis, é possível facilitar o dia a dia por meio da automatização da busca por informações de terceiros e assim garantir a segurança do seu negócio.

Realize buscas em todas as fontes de dados públicos e privados em um só lugar para gerar relatórios personalizados que agilizam a tomada de decisão.

As consultas são realizadas em tempo real e você pode investigar informações como: processos judiciais, antecedentes criminais, pendências financeiras, mídias negativas, PEP, relações societárias, listas restritivas, entre outras.

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