Auditoria interna e ESG: entenda a relação e o papel da tecnologia
Atualizado em 18 de setembro de 25 | Geral por
A auditoria interna tem papel estratégico no fortalecimento das práticas de ESG, avaliando riscos, controles e processos que impactam diretamente fatores ambientais, sociais e de governança. Ao integrar o ESG ao plano de auditoria, a empresa reduz riscos reputacionais e assegura sustentabilidade de longo prazo.Por sua vez, o uso de tecnologia e inteligência de dados potencializa esse processo, trazendo automação, precisão e monitoramento contínuo.
Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar:
- Recapitulando: uma breve conceituação
- Auditoria interna e ESG: entenda a relação entre as práticas
- Tecnologia para auditoria interna e ESG: como uma plataforma de compliance e gestão de riscos auxilia os processos?
No mercado atual, os quesitos ambientais, sociais e de governança têm ganhado uma relevância inegável para organizações de todos os portes e setores. Para se ter uma ideia do poder de impacto da temática ESG, um estudo da KPMG mostrou que os desafios da área - como mudanças climáticas e desigualdade de renda - são identificados por 76% dos CEOs como ameaças ao crescimento e ao valor de longo prazo das empresas.
Nessa perspectiva, uma abordagem estratégica e muitas vezes negligenciada é a relação entre auditoria interna e ESG: de fato, a auditoria pode fazer uma diferença definitiva para gerir os riscos da área, disponibilizando estruturas e processos para rastrear metas, relatórios e indicadores-chave.
Corroborando essa análise, o Instituto dos Auditores Internos (IAA) destaca que o processo apoia os negócios a alcançarem seus objetivos, “trazendo uma abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, controle e governança”.
A seguir, saiba mais sobre a relação valiosa entre auditoria interna e ESG, potencializando o urgente compromisso dos negócios com as questões ambientais, sociais e de governança!
Recapitulando: uma breve conceituação
Antes de abordar a importante relação que é o tema central deste artigo, vale a pena retomar rapidamente os conceitos de auditoria interna e ESG. Vamos lá:
↪️A auditoria interna é uma atividade de avaliação e consultoria que visa aprimorar as operações e agregar valor a uma empresa. Em outras palavras, é uma “varredura” dos processos gerenciais e controles internos do negócio a fim de detectar potenciais problemas. Para tanto, é aplicada uma abordagem disciplinada e sistemática, que auxilia a organização a atingir seus objetivos.
↪️Por sua vez, a estratégia ESG, que é fundamental para atender às expectativas dos stakeholders e mercado em geral, é a sigla em inglês para Environment, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança Corporativa). Trata-se de um conjunto de critérios para avaliação do desempenho de um negócio na adoção de práticas sustentáveis e responsáveis no que tange ao meio ambiente, à sociedade e à própria gestão interna.
Para ilustrar a relevância do ESG para as organizações, vale mencionar um levantamento da WTW: de acordo com a pesquisa global, 64% das lideranças entrevistadas afirmaram que as questões ambientais eram um risco reputacional prioritário. Já a governança (apontada por 56% dos executivos) e os impactos sociais (47%) também tiveram uma alta como fatores de risco reputacional.
Leia também 👉 Como fazer a avaliação de fornecedores com foco em ESG?
Auditoria interna e ESG: entenda a importante relação entre as práticas
Uma coisa é certa: com as práticas ESG e sua crescente importância, surgem também os críticos riscos em ESG. É nessa perspectiva que se faz necessário aprimorar e implementar uma gestão eficaz - e a auditoria interna pode entrar em cena para estruturar processos-chave de acompanhamento, contribuir para as estratégias de gestão de risco e levantar insights valiosos.
É importante ter em mente, ainda, que a auditoria interna tem um papel fundamental ao garantir credibilidade e transparência aos dados do relatório de ESG.
A seguir, entenda relação entre auditoria interna e ESG com base nos principais critérios ambientais, sociais e de governança:
O pilar da Governança
A auditoria interna é um pilar da governança corporativa, atuando para assegurar a eficácia dos controles internos, políticas anticorrupção, ética, transparência e compliance.
Adicionalmente, a auditoria garante que as práticas de ESG não sejam apenas discurso (“greenwashing”), mas de fato aplicadas.
O pilar Social
No quesito social do ESG, a auditoria verifica políticas de diversidade, direitos trabalhistas, saúde e segurança ocupacional, além de relações com comunidades e stakeholders.
O processo pode, ainda, identificar conflitos de interesse, práticas discriminatórias ou fornecedores com histórico de violações sociais, ajudando a mitigar riscos de imagem e legais.
O pilar Ambiental
Aqui, a auditoria interna contribui para verificar a aderência a normas ambientais, gestão de resíduos, emissões de carbono e cumprimento de legislações ambientais. Além disso, ajuda a organização no mapeamento de riscos ambientais que podem gerar sanções ou perdas financeiras.
Gestão de riscos integrada
Quando falamos de ESG, é importante lembrar que riscos críticos vêm à tona e devem ser gerenciados: é o caso, por exemplo, dos riscos reputacional, regulatório, climático e social.
A auditoria interna tem a função de integrar esses riscos ao mapa corporativo, avaliando se os processos de mitigação estão funcionando.
Confiabilidade para stakeholders
Investidores, reguladores e clientes querem garantias de que a empresa cumpre seus compromissos ESG. Nesse sentido, a auditoria interna gera relatórios independentes que validam indicadores de sustentabilidade e conformidade ESG, fortalecendo a credibilidade da organização.
Tecnologia para auditoria interna e ESG: como uma plataforma de compliance e gestão de riscos auxilia o processo?
1. Coleta e análise de informações confiáveis
Plataformas especializadas como o upMiner acessam bases públicas e privadas (como processos judiciais, diários oficiais, listas de sanções, mídia negativa, dados cadastrais etc.). Isso permite que o auditor interno tenha uma visão ampla e atualizada sobre parceiros, fornecedores, clientes e colaboradores.
2. Automação da due diligence interna
Substituindo processos imprecisos e manuais de verificação, a tecnologia centraliza a checagem de antecedentes de empresas e pessoas. Dessa forma, é possível acelerar o processo de auditoria, garantindo mais agilidade e menos margem de erro humano.
3. Identificação de riscos ocultos
As ferramentas de automação em compliance e gestão de riscos são capazes de detectar indícios de conflito de interesses, fraudes ou parcerias de risco, que muitas vezes não aparecem em relatórios financeiros tradicionais. Elas também facilitam a atuação preventiva do auditor interno, indo além da simples conformidade contábil.
4. Rastreamento de compliance regulatório
A tecnologia permite verificar se a empresa e seus stakeholders estão em conformidade com legislações como LGPD, leis anticorrupção e normas setoriais. Com isso, atua como um verdadeiro suporte para auditorias em áreas críticas como KYC (Know Your Customer), AML (Anti-Money Laundering) e, é claro, ESG.
5. Centralização e relatórios
Plataformas especializadas também consolidam as informações em relatórios claros, que podem ser usados tanto para tomada de decisão pela auditoria interna, quanto para prestação de contas à diretoria e ao conselho. Isso facilita o acompanhamento histórico, importante para auditorias recorrentes.
Por fim, podemos concluir que tecnologias especializadas auxiliam a promover transparência, reduzir riscos e otimizar o tempo da auditoria interna, transformando um processo que poderia ser fragmentado e manual em uma jornada estruturada, ágil e inteligente.
Clique no banner abaixo e solicite um teste grátis para conhecer as vantagens do upMiner na prática!
Imagem: Freepik