Governança corporativa e gestão de riscos
Atualizado em 27 de janeiro de 20 | Geral por
Governança corporativa: Você sabe o que significa?
Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas. Dessa maneira, isso envolve o relacionamento entre proprietários, colaboradores, conselhos de administração, diretoria e órgãos de controle (conselho fiscal, auditorias, comitês, etc).
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando os interesses dos relacionamentos citados acima com a finalidade de melhorar o desenvolvimento econômico e sustentável da empresa em questão. Ou seja, a governança está relacionada às políticas e processos que ajudam a corporação a avançar em direção ao seus objetivos, evitando conflitos indesejados.
Outras características das práticas de boa governança:
- Garante um ambiente empresarial justo e seguro;
- Assegura a responsabilidade corporativa;
- Previne a empresa de riscos como: corrupção, lavagem de dinheiro, roubos e fraudes, através do gerenciamento de riscos;
- Dispõe de um comitê executivo;
- Possui um código de conduta e ética;
- Proteção do direito dos acionistas;
- Alienação e transferência da participação acionária são claras;
- Prestação de contas, entre outras.
Empresas que adotam a boa governança corporativa no Brasil
Com o intuito de evidenciar quão necessário é a adoção destas práticas, buscamos alguns exemplos de grandes empresas que investem em boa governança.
Segundo uma pesquisa divulgada pela revista Exame, as principais são:
Petrobras, Vale, Itaú Unibanco, Bradesco, Gerdau, Nestlé, Unilever, Pão de Açúcar, O Boticário, Google, Magazine Luiza, Santander, Embraer, Banco do Brasil, entre outras.
Para chegar a este resultado, a Exame informou que os itens avaliados foram comportamento ético da empresa, transparência, responsabilidade com funcionários, compromisso com o meio ambiente e contribuição à comunidade (características principais da boa governança).
Gestão de riscos
A gestão de riscos é fundamental para a boa governança, uma vez que auxilia na realização dos objetivos organizacionais da empresa. Por conta disso, a incorporação da gestão de riscos é apontada em diversos modelos de melhores práticas e está firmada no Referencial de Governança do TCU.
Como implementar a gestão de riscos em uma empresa?
Antes de mais nada, vale lembrar que a gestão de riscos é um processo coordenado em uma empresa pelo conselho de administração, diretoria e demais colaboradores. Geralmente, ele é aplicado em forma de estratégias para identificar e administrar os riscos que permeiam o negócio.
A adoção de um processo bem sucedido de gestão de riscos pode afetar positivamente a probabilidade e o impacto de possíveis riscos, assim como proporcionar melhorias relacionadas à escolhas estratégicas mais certeiras.
Outros benefícios incluem:
- Aumento e melhora da eficiência operacional
- Redução de custos
- Relatórios mais precisos
- Vantagem competitiva
- Melhoria da percepção da organização
Etapas a serem seguidas ao implementar a gestão de riscos:
No processo de adoção do processo, o responsável pode implementar diversas outras atividades, mas ele não poderá “fugir” das 5 etapas fundamentais, que são a base para os principais regulamentos da gestão de riscos:
1.Identificação dos riscos:
Para iniciar o processo, é fundamental descobrir quais são os riscos e é descobrir os defini-los com detalhes em um formato organizado.
2. Avaliação:
Nesta etapa, os riscos serão avaliados de acordo com a probabilidade e o impacto da sua ocorrência.
3. Tratamento:
Um dos momentos principais, pois será aqui que a empresa definirá qual estratégia ou resposta será dada aos possíveis riscos. Dessa maneira, uma abordagem para o tratamento de cada risco deve ser documentada. Isso requer uma análise da aceitabilidade do risco, podendo necessitar de um plano de ação para prevenir, reduzir ou transferir o risco.
4. Monitoramento:
A empresa deve reavaliar os riscos regularmente. Ou seja, é necessário um processo contínuo de revisão para garantir a proatividade e sucesso das práticas implementadas.
5. Comunicação:
Fase de consolidar a informação dentro da organização e verificar o progresso dos riscos.