O papel-chave do monitoramento de mídias negativas para melhores tomadas de decisão
Atualizado em 11 de julho de 25 | Geral por
Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar:
- O que é monitoramento de mídias negativas?
- Em quais fontes monitorar?
- Tomadas de decisão: a importância estratégica do monitoramento de mídias negativas
- As x melhores práticas de monitoramento
Também conhecido como “screening de mídias negativas” ou “monitoramento de mídias adversas”, o monitoramento de mídias negativas é uma prática cada vez mais crucial quando o assunto é a gestão de riscos de terceiros – como fornecedores, parceiros e clientes.
Se a boa reputação corporativa sempre foi um ativo valioso, ela se torna ainda mais crítica no mundo digital em que vivemos. Em tempos de redes sociais, acesso rápido às informações e viralização de conteúdos, as repercussões negativas nunca foram tão amplificadas.
Nessa perspectiva, monitorar mídias no contexto de novos vínculos empresariais é fundamental para práticas de compliance, due diligence, Know your Supplier (KYS) e Know your Customer (KYC), entre outras, evitando associações com condutas duvidosas, fraudes e crimes.
A seguir, saiba por que esse processo é tão importante para embasar as tomadas de decisão e confira as melhores práticas de monitoramento!
Direto ao ponto: o que é monitoramento de mídias negativas?
Como o próprio nome intui, trata-se de um procedimento de avaliação de riscos que coleta e analisa notícias e informações negativas sobre pessoas físicas ou jurídicas. O objetivo é fazer uma análise prévia de critérios reputacionais, financeiros ou legais antes de estabelecer relacionamentos com esses potenciais stakeholders.
Ao realizar buscas ativas em fontes confiáveis, o monitoramento de mídias negativas visa identificar menções de possíveis atividades criminosas, violações legais, fraudes financeiras ou quaisquer questões reputacionais. Não por acaso, é uma etapa fundamental para processos de due diligence, background check, KYC, KYS, KYP e demais investigações.
Vale destacar que o screening de mídias adversas é especialmente relevante para instituições financeiras e o setor de apostas, que precisam se manter em conformidade com regulamentos de Know Your Customer (KYC) e prevenção à lavagem de dinheiro (PLD-FT).
Em contrapartida, o monitoramento é altamente recomendável para empresas de todos os setores - tanto durante o onboarding de terceiros, quanto no acompanhamento posterior para prevenir fraudes e gerenciar riscos.
Em que fontes monitorar as mídias negativas?
- Bancos de dados públicos e privados (incluindo listas de sanções e PEPs);
- Portais nacionais e internacionais de notícias;
- Redes sociais;
- Fóruns e blogs de relevância.
É importante ressaltar, aqui, que as mídias negativas vão além de ocorrências graves como envolvimentos em escândalos de lavagem de dinheiro, corrupção, trabalho escravo e financiamento ao terrorismo.
De fato, as mídias adversas podem envolver, por exemplo, problemas internos entre sócios, desentendimentos entre parceiros comerciais e baixas nas vendas.
Decisões assertivas: a importância estratégica do monitoramento de mídias negativas
Preservando a reputação das organizações e propiciando escolhas mais assertivas de parceiros, fornecedores e clientes, as práticas de investigação de terceiros são enriquecidas, de forma substancial, com o monitoramento de mídias negativas.
Muito mais do que apenas gerenciar crises de reputação, o processo é essencial para identificar problemas potenciais precocemente e atuar de forma preventiva e proativa para minimizar riscos.
Rastreando suas próprias mídias e menções negativas em tempo real, a organização também se torna apta a responder críticas de forma construtiva, prevenir danos de imagem e evitar a reverberação/ampliação de possíveis repercussões prejudiciais.
Nesse sentido, o monitoramento concede maior controle aos negócios sobre sua própria reputação. Na prática, as empresas podem, a um só tempo, gerenciar com sucesso seus vínculos corporativos e seu posicionamento diante de potenciais crises no mercado.
Leia também 👉 Risco reputacional: o que é e como sua empresa pode evitar?
Imagem de capa: Freepik