Due diligence em fusões e aquisições (M&A): o que é, etapas e como a tecnologia pode ajudar
Atualizado em 7 de novembro de 25 | Geral por
A due diligence em fusões e aquisições (M&A) é um processo de análise profunda da empresa-alvo antes de uma negociação. Permitindo identificar riscos financeiros, jurídicos e reputacionais, a prática garante decisões mais estratégicas e seguras. Com apoio da tecnologia e da inteligência de dados, esse processo se torna mais ágil, preciso e eficiente.
Guia rápido de leitura💡| Aqui, você vai encontrar:
- Panorama das fusões e aquisições no Brasil e no mundo
- A importância da due diligence em fusões e aquisições
- Principais áreas analisadas no processo
- Etapas da due diligence em fusões e aquisições
- Como a tecnologia otimiza e aprimora a due diligence em M&A?
- FAQ
- Otimize seus processos com o upMiner!
A due diligence em fusões e aquisições é uma etapa essencial nas operações de M&A (Mergers and Acquisitions). Em poucas palavras, seu principal objetivo é oferecer à empresa compradora uma visão clara e detalhada sobre a situação da empresa que será adquirida, desde aspectos financeiros e jurídicos até os riscos reputacionais e tecnológicos.
Ao realizar uma diligência prévia completa, o comprador obtém informações estratégicas sobre o negócio-alvo e consegue confirmar dados relevantes fornecidos pelo vendedor. Esse processo reduz incertezas, identifica oportunidades e aumenta as chances de sucesso da transação.
A seguir, esclareça suas dúvidas sobre a realização e a otimização da prática de due diligence de M&A, incluindo as principais etapas e o papel da tecnologia no processo!
Panorama das fusões e aquisições no Brasil e no mundo
De acordo com levantamento da KPMG, o Brasil registrou 375 operações de M&A apenas no primeiro trimestre de 2021, o maior número dos últimos 20 anos. Já em 2025, o mercado brasileiro de fusões e aquisições registra o maior número de transações dos últimos 3 anos: até maio, foram concluídas 596 operações, uma alta de 14,6% em relação ao mesmo período de 2024.
Segundo o mesmo estudo, a projeção é que o Brasil encerre o ano de 2025 com cerca de 1400 negociações concluídas. Vale notar que o setor de energia representou cerca de 44 % do valor total das operações de M&A em 2024, e já alcançou cerca de 60% no 1º semestre de 2025.
A nível global, os números também refletem um crescimento significativo. Conforme noticiado pela Reuters, as atividades mundiais de fusões e aquisições tiveram uma alta de 10% nos primeiros 9 meses de 2025, no comparativo com o mesmo período de 2024. Até setembro de 2025, o volume das negociações foi estimado em US$1.938 trilhão, segundo dados do The Boston Consulting Group Global M$A Report.
Esse cenário corrobora a relevância de práticas sólidas de due diligence em fusões e aquisições, que ajudam a garantir transparência e minimizar riscos em um cenário de intensa atividade corporativa.
A importância da due diligence em fusões e aquisições
Uma fusão ou aquisição é uma das decisões mais complexas e estratégicas que uma empresa pode tomar. Nessa perspectiva, a due diligence é o processo que permite enxergar além dos números, revelando riscos, passivos ocultos e oportunidades de sinergia.
De fato, ao conduzir uma diligência em M&A, o comprador obtém dados confiáveis para decidir se deve avançar com a operação, ajustar valores ou até recuar, caso identifique riscos relevantes.
Entre os principais objetivos do processo, podemos destacar:
- Fazer um “diagnóstico” do negócio e definir garantias e a estrutura fiscal do investimento;
- Mapear riscos contábeis, tributários, trabalhistas e previdenciários;
- Sustentar decisões estratégicas com base em informações verificadas e confiáveis.
Principais áreas analisadas na due diligence de M&A
De acordo com a Deloitte, as análises mais comuns envolvem:
Área Financeira
Avalia a receita, qualidade dos ganhos, capital de giro, dívidas, tributação e demais fatores que possam afetar o valor patrimonial.
Área Tributária, Trabalhista e Previdenciária
Mapeia obrigações legais, passivos e exposições a riscos trabalhistas, com impacto direto sobre o EBITDA.
Recursos Humanos
Examina estrutura organizacional, políticas de RH, acordos coletivos, índice de turnover e práticas de remuneração.
Tecnologia da Informação (TI)
Analisa infraestrutura, sistemas, segurança cibernética e possíveis sinergias tecnológicas.
Comercial
Identifica dinâmicas de mercado, a percepção da marca e as tendências do setor.
Operacional
Avalia a performance geral, a estrutura de custos e o histórico de operações da empresa-alvo.
Quais as etapas de um processo de due diligence em fusões e aquisições?
A diligência prévia segue etapas estruturadas que garantem uma análise minuciosa do negócio. Acompanhe:
1. Definição de objetivos
Estabelecer metas e escopo do projeto para alinhar a análise à estratégia da empresa compradora.
2. Formação da equipe
Reunir especialistas jurídicos, financeiros, contábeis e de compliance com experiência em M&A.
3. Análise financeira detalhada
Auditar demonstrações contábeis, dívidas, projeções e indicadores de performance.
4. Inspeção documental
Solicitar e revisar contratos, registros societários, litígios, licenças e obrigações fiscais.
5. Avaliação do modelo de negócios
Entender como a empresa-alvo gera valor e sua compatibilidade com a compradora.
6. Gestão de riscos
Identificar e mensurar riscos financeiros, jurídicos, operacionais e reputacionais.
7. Revisão final e decisão
Por fim, consolidar as análises e definir ajustes de proposta, condições contratuais ou desistência da operação.
Como a tecnologia transforma a due diligence para fusões e aquisições?
Ferramentas digitais têm revolucionado a maneira como as empresas conduzem a due diligence em M&A, tornando o processo mais ágil, preciso e seguro. Confira os principais pontos impactados pelo poder da inovação:
Plataformas de colaboração
Essas tecnologias permitem que equipes multidisciplinares trabalhem juntas em tempo real, compartilhando informações de forma centralizada.
Inteligência Artificial (IA)
Aplicada à due diligence, a IA automatiza tarefas repetitivas, como revisão de contratos e análise de documentos, além de identificar padrões e anomalias em grandes volumes de dados.
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Verificação de antecedentes
Softwares especializados coletam dados públicos e privados sobre pessoas e empresas, agilizando a análise de riscos legais, financeiros e reputacionais.
Análise de documentos
Com tecnologias como OCR e extração de dados, é possível localizar informações críticas em minutos.
Análise financeira e de mercado
Plataformas de Business Intelligence (BI) processam dados de mercado e desempenho para apoiar decisões baseadas em evidências.
FAQ | Dúvidas Rápidas
1. O que é due diligence em fusões e aquisições (M&A)?
A due diligence para fusões e aquisições é o processo de análise detalhada de uma empresa antes da conclusão de uma transação. O objetivo é identificar riscos, passivos ocultos e oportunidades que possam impactar o valor do negócio. Essa avaliação abrange áreas como finanças, jurídico, fiscal, tecnologia e compliance.
2. Qual a diferença entre due diligence e auditoria?
Embora ambos os processos envolvam análises detalhadas, a auditoria é voltada para a verificação de demonstrações financeiras e conformidade contábil de forma contínua. Já a due diligence é pontual e estratégica, ocorrendo antes de uma fusão, aquisição ou investimento, com foco em revelar riscos e validar a viabilidade da operação.
3. Quanto tempo dura um processo de due diligence em M&A?
A duração varia conforme o porte e a complexidade da empresa analisada, mas, em média, dura de 30 a 90 dias. Transações maiores, que envolvem múltiplas jurisdições ou setores regulados, podem exigir períodos mais longos para coleta e verificação de informações.
4. Quais documentos são analisados na due diligence para M&A?
Entre os principais documentos revisados estão:
- Demonstrações financeiras e relatórios contábeis;
- Contratos sociais e societários;
- Obrigações trabalhistas e tributárias;
- Registros de propriedade intelectual;
- Processos judiciais e administrativos;
- Contratos com clientes e fornecedores;
- Certidões e licenças regulatórias.
Esses dados formam a base para avaliar a integridade e o valor real da empresa-alvo.
5. Como a tecnologia pode acelerar o processo de due diligence?
Ferramentas de automação, análise de dados e inteligência artificial permitem coletar e cruzar informações de forma instantânea, reduzindo o tempo gasto em tarefas manuais. Soluções como a plataforma upMiner, da upLexis, integram milhares de fontes públicas e privadas, ajudando equipes de M&A a identificar riscos e oportunidades com mais agilidade e precisão.
6. Por que realizar uma due diligence antes de uma aquisição é tão importante?
Sem uma due diligence adequada, a empresa compradora pode herdar passivos ocultos, como dívidas, processos judiciais, contingências fiscais ou questões reputacionais. Além disso, a diligência prévia permite negociar melhores condições, ajustar o valuation e estruturar o negócio de forma mais segura.
7. Quem participa de um processo de due diligence?
Normalmente, a equipe de due diligence é composta por advogados, contadores, consultores financeiros, especialistas tributários e profissionais de compliance, além de analistas de mercado e tecnologia. Em operações mais complexas, também participam auditores externos e peritos setoriais.
8. Como a due diligence contribui para o sucesso das fusões e aquisições?
A due diligence para fusões e aquisições oferece uma visão holística do negócio-alvo, reduzindo incertezas e aumentando a transparência entre as partes. Isso fortalece a governança corporativa, otimiza a tomada de decisão estratégica e eleva as chances de sucesso da operação.
Otimize seus processos de due diligence com o upMiner!
A upLexis é especializada em coleta e estruturação de dados para due diligence e background check, entre outros processos essenciais para as rotinas de compliance e gestão de riscos.
Com a plataforma upMiner, sua empresa pode investigar pessoas físicas e jurídicas em mais de 2.000 fontes de consulta, gerando relatórios completos para análise e tomada de decisão.
Entre os dados disponíveis, estão:
- Processos judiciais;
- Mídias negativas;
- Pessoas Politicamente Expostas (PEPs);
- Listas restritivas e sanções;
- Dados cadastrais e societários;
- Vínculos entre empresas e grupos econômicos;
- Embargos ambientais, entre outros.
As consultas são feitas em tempo real, garantindo dados atualizados e confiáveis. Em suma, sua gestão usufrui de ativos fundamentais para decisões estratégicas em fusões e aquisições.
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Gabriela B. Maluf é Founder & CEO da Thebesttype, empreendedora, escritora, advogada com 18 anos de experiência, especialista em Compliance Trabalhista, Relações Trabalhistas, Sindicais e Governamentais, Direito Público e Previdenciário, palestrante com mais de 200 eventos realizados e produtora de conteúdo técnico otimizado em SEO para sites e blogs.
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