Governança adaptativa: o que é e quais são seus 7 princípios
Atualizado em 24 de maio de 23 | Geral por
O termo governança adaptativa é fruto do processo de transformação digital e sua rápida evolução, num cenário em que os dados e a sua forma de tratamento e armazenamento são parte crítica da estratégia empresarial, daí a importância da chamada governança de dados.
Uma das maiores preocupações das organizações atualmente é manter seus dados em segurança, ou seja, garantir a sua privacidade, mas ao mesmo tempo, ter disponíveis dados precisos e atualizados para tomada de decisões estratégicas rapidamente.
Isso porque as rápidas mudanças provocadas pelo processo de transformação digital trouxeram a necessidade de acesso a informações de maneira mais ágil e fluida, sem que a organização perca a capacidade de agregar valor dentro do seu segmento de atuação.
Neste artigo vamos explorar mais o conceito de governança adaptativa e quais os seus 7 princípios, e ainda como eles são relevantes para as empresas. Acompanhe!
O que é governança adaptativa?
A governança adaptativa é um modelo de governança que reconhece a natureza dinâmica e imprevisível de certos problemas e busca se adaptar a eles de maneira ágil.
A partir deste conceito, as decisões são tomadas com base em informações atualizadas e na capacidade de resposta rápida às mudanças e incertezas.
Isso envolve um processo contínuo de monitoramento, aprendizado e ajuste das estratégias e práticas de governança, de acordo com os resultados observados.
Em outras palavras, em contrapartida ao conceito de governança tradicional, que tende a ser mais estática e baseada em regras fixas, a governança adaptativa reconhece que as circunstâncias podem mudar rapidamente e exige uma abordagem mais flexível e adaptável.
Qual a importância da governança adaptativa?
Do ponto de vista estratégico, se dá em relação à classificação dos dados conforme o seu grau de relevância. Ou seja, essa análise dimensiona o valor estratégico dos dados para a empresa e quais as atividades desenvolvidas relacionadas a eles.
Por outro lado, no quesito segurança cibernética, parâmetros de segurança necessários são analisados para entender o nível de risco em caso de vazamentos e outros incidentes, e quais suas implicações para a empresa.
Essa análise é importante para servir como premissa sobre o quão dinâmico será o processo de governança para gestão desses dados, e quais as medidas devem ser tomadas para gerenciar riscos e identificar oportunidades.
Quais são os 7 princípios da governança adaptativa?
Para que o conceito de governança adaptativa seja efetivo dentro da organização em relação aos seus dados, alguns princípios são fundamentais:
Trabalho independente e multidisciplinar
Este princípio destaca a importância de formar equipes de trabalho independentes, que têm a capacidade de tomar decisões e agir de forma autônoma. Essas equipes são compostas por profissionais de diferentes áreas de especialização, promovendo uma abordagem multidisciplinar na busca por soluções inovadoras e adaptáveis.
Cada membro da equipe contribui com suas habilidades específicas e conhecimentos, aumentando a diversidade de perspectivas e a capacidade de resposta às demandas e desafios.
Estrutura de governança simplificada
Enfatiza a importância de reduzir a burocracia, simplificar as estruturas de governança e ganhar agilidade. O objetivo é evitar a sobrecarga causada por processos burocráticos e pouco eficazes para assim permitir uma tomada de decisão mais rápida e flexível, direcionada para a resolução prática de problemas e a adaptação rápida às mudanças constantes.
Processos adequados à natureza do trabalho
Destaca a importância de adaptar os processos de trabalho às necessidades e características específicas de cada equipe. Isso significa que cada grupo de trabalho pode ter diferentes métodos, abordagens e ritmos que melhor se adequam à natureza das tarefas e aos objetivos a serem alcançados.
A governança adaptativa permite a personalização dos processos de acordo com as demandas específicas de cada equipe, favorecendo a eficiência e a produtividade.
Participação ativa da equipe na definição dos processos de trabalho
Enfatiza a autonomia das equipes para definir seus próprios processos de trabalho. As equipes têm a liberdade de criar e adaptar seus fluxos de atividade, ferramentas e métodos, levando em consideração suas necessidades e experiências. Isso promove o engajamento e o senso de propriedade das equipes em relação aos processos, aumentando a eficiência e a adaptabilidade às mudanças.
Gerenciamento de dependências de trabalho pelas equipes
Esse princípio foca na responsabilidade das equipes de gerenciar as dependências entre as tarefas e as atividades. As equipes são incentivadas a identificar e resolver as interdependências entre as diferentes partes do trabalho, coordenando-se internamente para garantir um fluxo contínuo de progresso. Isso reduz atrasos e gargalos, aumentando a eficiência e a colaboração entre todos.
Pouca dependência de pessoas e automatização de processos
Ressalta a importância de minimizar a dependência excessiva de colaboradores específicos e buscar a automação de processos sempre que possível. Quando a empresa foca em distribuir conhecimentos e habilidades entre os membros da equipe e utilizar tecnologias adequadas, as equipes se tornam menos dependentes de indivíduos-chave e mais capazes de manter um fluxo de trabalho contínuo, mesmo quando um membro da equipe está ausente.
Além disso, a automação de processos rotineiros e repetitivos pode liberar tempo e recursos para que a equipe se concentre em tarefas mais estratégicas e criativas, aumentando a eficiência e a produtividade geral.
Responsabilidades da equipe bem definidas
Por fim, o último princípio reforça a importância de estabelecer responsabilidades claras e bem definidas tanto dentro das equipes quanto nas interações entre as mesmas. Isso significa que cada membro deve ter um entendimento claro de suas responsabilidades individuais, bem como das expectativas em relação ao trabalho em conjunto.
Além disso, é importante estabelecer acordos claros de colaboração e comunicação, garantindo uma distribuição adequada de responsabilidades e evitando lacunas ou sobreposições.
Esses princípios de governança adaptativa no trabalho em equipe visam promover a autonomia, a eficiência, a adaptabilidade e a colaboração. Quando a organização implementa esses 7 princípios de governança adaptativa, as equipes passam a se adaptar melhor a mudanças e incertezas, maximizando seu desempenho e alcançando resultados eficazes.
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Gabriela B. Maluf é Founder & CEO da Thebesttype, empreendedora, escritora, advogada com 18 anos de experiência, especialista em Compliance Trabalhista, Relações Trabalhistas, Sindicais e Governamentais, Direito Público e Previdenciário, palestrante com mais de 200 eventos realizados e produtora de conteúdo técnico otimizado em SEO para sites e blogs