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Entenda o que são riscos cibernéticos e como a sua empresa pode se proteger

Atualizado em 9 de maio de 24 | Geral  por

Bárbara Guido.
Bárbara Guido

Colocando dados de cartão de crédito em um site, representando riscos cibernéticos.

Diariamente nos deparamos com notícias de ataques cibernéticos em todo o mundo. Esse tipo de acontecimento se tornou tão comum que, de acordo com notícia do jornal O Globo, nos primeiros meses de 2024, órgãos do Executivo Federal registraram 989 casos. Com uma média de 32 incidentes por dia, esse foi o maior patamar já registrado nos últimos quatro anos.

Tanto pessoas jurídicas, como pessoas físicas, podem ser alvos de ataques cibernéticos. Por isso, preparamos este conteúdo para você compreender melhor e se proteger deste tipo de situação.

Continue a leitura a seguir!

O que são riscos cibernéticos?

Os riscos cibernéticos decorrem da possibilidade de ocorrer ou da efetiva ocorrência de um ataque cibernético. Considerado um cibercrime, ataques cibernéticos são ações visando a invasão de um sistema e redes de computação.

Os objetivos são alterar, destruir ou roubar dados, interromper o funcionamento de serviços, além de explorar ou prejudicar uma rede. As pessoas que cometem esse tipo de crime são conhecidas como hackers.

Já os riscos cibernéticos estão relacionados aos riscos que organizações correm de serem vítimas desse tipo de crime. Os riscos envolvem tentativas de roubar e destruir informações, comprometimento de servidores, sites e infraestrutura de tecnologia.

Principais tipos de ameaças cibernéticas

Os hackers agem de diferentes maneiras. Atualmente, há múltiplos tipos de ameaças, as mais comuns são:

Malware

Também chamado de código ou software malicioso, é popularmente conhecido como vírus. O primeiro malware foi criado em 1971 por Bob Thomas e ficou conhecido como “The Creeper”. São ferramentas projetadas para se infiltrar em um sistema visando extrair dados para finalidades ilícitas.

Eles podem se espalhar de várias formas, como anexos corrompidos em e-mails, anúncios falsos, unidades de USB infectadas, entre outras maneiras cada dia mais difíceis de identificar.

Existem diversos tipos de malwares, tais como:

  • Ransomware: um dos mais utilizados pelos hackers, é um software de extorsão que utiliza criptografia para bloquear o computador do usuário e depois exigir um resgate para desbloqueá-lo;
  • Scareware: geralmente aparece no computador na forma de um pop-up urgente, utilizando nomes de empresas confiáveis, como Google ou Microsoft, induzindo o usuário a instalar um programa falso. Por meio dele, o hacker consegue invadir a máquina e roubar todos os tipos de dados existentes;  
  • Spyware: o tipo mais conhecido é o “Cavalo de Troia”. São programas instalados no computador sem que o usuário perceba. Funciona como um “espião” e monitora secretamente as atividades da máquina para roubar informações e dados sensíveis, como senhas e dados bancários;
  • Adware: com o crescimento de vendas na internet, é um tipo muito utilizado. Aquelas janelas de anúncio que não fecham, por exemplo, geralmente, são adwares. Os criminosos geram propagandas falsas para seduzir o usuário. Ao clicar na publicidade, conseguem roubar os dados trafegados.

Phishing

É um tipo de fraude que utiliza uma mensagem para “fisgar” o usuário. Podem vir em forma de e-mail ou SMS no celular, conhecido como smishing. Os criminosos se passam por uma empresa ou pessoa de confiança para que o usuário clique no link enviado e forneça seus dados.

Geralmente, é a forma mais simples e comum de ciberataque, sendo a que as pessoas mais “caem”. As mensagens enviadas costumam conter promoções e vantagens tentadoras, que mexem com a emoção do usuário.

Ataque DoS e DDoS

Também conhecido como ataque de negação de serviço. Funciona da seguinte forma: um site de destino é inundado com solicitações ilegítimas. Com a sobrecarga, o site para de responder às solicitações legítimas e suspende o funcionamento por um intervalo de tempo.

O objetivo desse tipo de ciberataque é interromper a eficácia do serviço do alvo. Pode ser utilizado também para criar vulnerabilidades para a ocorrência de outros tipos de ataque, pois os sistemas ficam off-line temporariamente para correção dos erros.

Engenharia social

É uma técnica que explora as fraquezas humanas para obter acesso não autorizado a sistemas computacionais. Esse tipo de ataque acontece com muita frequência em redes sociais, principalmente no Instagram.

Aqueles famosos stories de venda de móveis ou oportunidades de investimentos milionários são considerados engenharia social. O phishing, já citado anteriormente, também é um tipo de engenharia social.

Quais são os impactos dos ataques cibernéticos?

Suspensão de serviços, prejuízos financeiros, roubo de dados, perda de acesso a contas bancárias e redes sociais são alguns exemplos dos impactos causados quando ocorre um ataque cibernético.

Alguns problemas podem ser fáceis de resolver, como recuperar uma conta hackeada no Instagram. Porém, outros geram sérios transtornos. Exemplo disso foi o ataque que acometeu o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Rio de Janeiro. De acordo com notícia da Agência Brasil, no dia 27 de janeiro de 2024, o sistema de tecnologia da instituição foi invadido. 

Esse incidente resultou na interrupção temporária dos serviços de tecnologia para evitar maiores danos. Em decorrência do ataque, o setor de radioterapia e as marcações de consultas precisaram ser suspensos temporariamente.

No âmbito dos impactos financeiros, pesquisa realizada pela empresa de segurança Proofpoint mostrou que, aproximadamente um quarto das companhias brasileiras relataram perdas financeiras devido a ataques digitais em 2022.

A maioria relatou casos de roubo de dados e, ao menos, uma experiência de ataque por meio de phishing.

Como proteger a sua empresa dos riscos cibernéticos?

O primeiro passo para proteger sua empresa é identificar e avaliar os riscos existentes para elaborar uma estratégia de prevenção. O próximo passo é adotar práticas de segurança cibernética. Confira algumas delas:

  • Autenticação em dois ou mais fatores: é um reforço na proteção de contas de e-mail ou redes sociais. O objetivo é confirmar a identidade do usuário após ele ter informado a senha, por meio de um código de confirmação;
  • Uso da nuvem: armazenar dados em servidores remotos pode conferir maior proteção às informações em relação a ataques cibernéticos. Além de permitir que o usuário acesse os dados de diferentes dispositivos conectados à Internet;
  • Educação e conscientização: treinamento de funcionários sobre boas práticas de proteção e segurança estabelecidas nas políticas internas da organização;
  • Monitoramento e auditorias: monitorar e auditar os sistemas regularmente auxilia a identificar riscos e adotar medidas preventivas;
  • Cuidados com senhas: criar senhas com mais de 8 caracteres misturando letras, números e caracteres especiais. É recomendo usar senhas diferentes em cada plataforma para dificultar a ocorrência de ataques e usar aplicativos para gerenciar os dados e mantê-los seguros;
  • Implementação de software de segurança: é fundamental possuir antivírus instalados em todas as máquinas, pois eles conseguem identificar malwares e sites corrompidos. Os firewalls também devem ser instalados, já que são dispositivos de seguranças que monitoram e restringem o acesso a sites perigosos ou proibidos pela organização;
  • Realização de pentests: também conhecido como teste de intrusão, é realizado por um especialista em segurança da informação. Visa identificar vulnerabilidades nos sistemas ou redes computacionais e deve ser realizado periodicamente;
  • Políticas de acesso e controle de dados: o controle de acesso restringe o acesso a determinadas áreas digitais apenas a funcionários autorizados. Quando um funcionário está de férias, por exemplo, é recomendado que o acesso aos ambientes da empresa sejam temporariamente suspensos.

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Bárbara Guido é mineira, advogada pela UFJF e estudante de Jornalismo na UFOP. Apaixonada por comunicação, atua como analista de governança corporativa e redatora de conteúdo jurídico e técnico para sites e blogs.