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Apanhado geral do compliance bancário

Apanhado geral do compliance bancário

Atualizado em 15 de maio de 19 | Geral  por

Felipe Ribeiro

Quando o assunto é compliance financeiro, apenas cumprir as leis não basta.

 

As mudanças recentes no ambiente regulatório, a crescente globalização do mercado financeiro e a exigência de padrões éticos cada vez mais altos das empresas, criaram novos desafios para os profissionais de compliance bancário. Sendo assim, eles estão encarregados de fazer cumprir cada vez mais leis, regulamentos e diretrizes. 

 

Entre esses desafios, está o de investir na inovação e incentivar a proatividade dos profissionais que atuam nesta área, sobretudo em bancos e instituições financeiras.

 

Além da atuação preventiva, o compliance cada vez mais tem se tornado uma atividade também consultiva. Sendo assim, o processo dá suporte aos objetivos estratégicos e faz parte da missão, visão, valores, cultura e gerenciamento de riscos das instituições. Os profissionais da área, como se sabe, devem lidar com aspectos de governança, conduta, transparência e temas como ética e integridade.

 

Sugestões para estruturar o seu time de compliance bancário 

 

Ao estruturar o time de Compliance, um banco deve pensar em uma equipe multidisciplinar, com pessoas que tenham a formação jurídica para análise do risco legal, e também economistas ou especialistas em análise de riscos financeiros, para realizar as ponderações necessárias. 

 

Dica importante: Colaboradores com formações especializadas em lavagem de dinheiro são um diferencial que pode trazer mais experiência para a equipe. 

 

Entre as sugestões de melhorias e estruturação para o compliance bancário, estão o aperfeiçoamento a segurança da informação, que permite o acesso restrito e controlado a dados sensíveis, e a garantia de adoção das mais recentes medidas para a prevenção à lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo.

 

Outra atualização nas práticas é a necessidade de buscar a sinergia entre o compliance e as demais áreas das instituições financeiras, como os setores de controles internos, auditoria interna, jurídico, comitês de produtos e serviços, de integridade e ética e de riscos, além das áreas de negócios, produtos e suporte. 

 

A Era Digital e o compliance bancário 

 

Em uma sociedade digital, o profissional de compliance bancário não deve limitar-se à regulamentação de um setor ou de um país; precisa ser multisetorial e internacional, para fazer uma análise de matriz de risco eficiente e gerar também novas oportunidades de negócios.

 

O compliance bancário deve utilizar de softwares e ferramentas a fim de, ter o poder de acessar informações de todas as carteiras (sobretudo se o Compliance do banco for unificado para todo o conglomerado, ou seja, para todo o grupo econômico). 

 

O acesso deve ser pleno e irrestrito tanto à carteira de pessoas jurídicas, quanto ao perfil dos clientes de private banking e suas movimentações.

 

Nesse cenário, fica um alerta para os profissionais: a mera recusa de liberação dessas informações para o compliance pode ser vista como uma red flag. Sendo assim, o tempo é um fator chave para a boa execução do compliance. Deve-se lembrar que, algumas transações suspeitas devem ser reportadas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) no dia útil seguinte à sua realização.

 

Outro ponto de atenção, deve ser o cumprimento de obrigações no exterior – um compliance unificado pode atender melhor às exigências de normas impostas por reguladores de outros países.

 

Por fim, é preciso se ater à possível necessidade de instalação de controles PLD específicos para as atividades exercidas por algumas subsidiárias dentro do conglomerado financeiro.