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Acurácia: entenda o que é qual a sua relevância no ambiente corporativo

Atualizado em 16 de abril de 24 | Geral  por

Bárbara Guido.
Bárbara Guido

Atualmente, quando falamos em tecnologia e em governança corporativa, é comum ouvir o termo “acurácia”. Esta expressão é utilizada por diversos ramos, como a matemática, a física e em diferentes áreas da saúde. Em linhas gerais, refere-se a proximidade de um resultado com o seu valor de referência real.

No contexto corporativo, está associada à exatidão de uma medida, método ou processo. Pode ser aplicada para análise de dados, gestão de projetos, controle de qualidade, entre outros. Porém, ainda é um conceito de difícil compreensão para muitos profissionais.

Por isso, neste conteúdo você compreenderá melhor o que é acurácia e qual sua aplicabilidade no meio corporativo. Continue a leitura a seguir!

Definição de acurácia

A acurácia é uma palavra que vem do termo inglês “accuracy”. Traduzindo para o português, significa "exatidão, aprimorado". O termo ganhou força na tecnologia.

Por definição, é uma métrica que faz referência à proximidade de um resultado experimental com o seu valor de referência real. Ou seja, determina o grau de exatidão. A fórmula de acurácia é uma medida obtida por meio de comparações e verificações.

Como calcular o valor de acurácia?

No contexto corporativo, a acurácia é uma ferramenta que possibilita aos gestores optarem por modelos de negócios e estratégias que ofereçam mais segurança. Isso porque, geralmente, as empresas têm metas específicas relacionadas a um problema. Por exemplo, prever quais clientes têm maior probabilidade de comprar um produto, cancelar um serviço ou adotar uma nova funcionalidade.

A acurácia é então calculada dividindo-se o número de predições corretas pelo número total de predições. Essa maneira de cálculo serve para identificar se o modelo previu corretamente os resultados esperados. Ou seja, avalia a exatidão da correspondência entre o valor esperado (ideal) e o valor real ou medido.

Desse modo, ter uma alta acurácia indica que o modelo classifica corretamente as instâncias de acordo com os objetivos comerciais. Isso permite identificar oportunidades de vendas, prever a rotatividade de clientes, personalizar estratégias de marketing, ou melhorar a análise de crédito, por exemplo.

A fórmula de acurácia é aplicada da seguinte maneira: o modelo é treinado usando dados históricos relevantes para o problema em questão. Assim, o modelo aprende padrões a partir dos dados informados e faz previsões e apresenta um resultado próximo daquilo que se espera.

Outro exemplo é o caso de um e-commerce. A acurácia alta indica que a empresa pode confiar nas previsões do modelo. A partir dessa análise é possível personalizar estratégias de engajamento. Ofertas especiais ou lembretes personalizados, são alguns casos de estratégias criadas com o objetivo de atrair clientes mais propensos a converter em vendas.

Diferença entre acurácia e precisão

A acurácia e a precisão são termos relacionados, muitas vezes confundidos. Porém, possuem significados distintos, especialmente quando usados em contextos de medição ou classificação. Para simplificar, é necessário diferenciá-las.

A acurácia é a proximidade entre um resultado experimental ou medido e o valor real ou de referência. Ou seja, é uma medida geral da exatidão, indicando a proporção de resultados corretos em relação ao total de resultados.

A precisão é a consistência ou o grau de variação gerado por diferentes medições. Ou seja, é uma medida da dispersão ou variabilidade entre resultados, por isso, quanto menor a variação, maior a precisão.

O uso comum da acurácia acontece em avaliações de desempenho de modelos de Machine Learning e sistemas em geral, indicando a taxa de acertos em relação ao total de instâncias. Já a precisão é utilizada para avaliar o quão consistentes são as medições ou previsões, indicando o grau de concordância entre diferentes experimentos e medições.

Em outras palavras, a acurácia mede a proximidade entre os resultados obtidos e os valores de referência, fornecendo uma medida geral de exatidão. Enquanto a precisão mede a consistência ou variabilidade entre diferentes medições, indicando quão próximas estão umas das outras.

Por exemplo: uma empresa utiliza um sistema de identificação biométrica para acesso ao escritório. A acurácia desse sistema tem uma média de 90%. Ou seja, é uma acurácia alta. No entanto, em algumas medições, houve a identificação do percentual de 70%, enquanto a outra atingiu 100%.

A precisão consiste nessa variação entre as análises. Nesse exemplo, a acurácia é elevada, mas a precisão, não.

A importância da acurácia para o ambiente corporativo

No mundo dos negócios, contar com altos índices de acurácia é de grande importância, especialmente quando tratamos da aplicação de tecnologias como Inteligência Artificial e Machine Learning em soluções antifraude. Isso porque a acurácia proporciona certeza de que os métodos utilizados geram resultados satisfatórios e assegura a aplicação correta da tecnologia.

Na gestão de projetos, por exemplo, a acurácia pode ser utilizada para avaliar a nível de acerto das estimativas de tempo e recursos necessários para a conclusão de uma determinada atividade.

Já no controle de qualidade, pode ser utilizada para avaliar a eficácia de um processo de medição ou de inspeção de produtos. Ou seja, para medir a capacidade de detectar defeitos ou inconformidades nos produtos.

Além disso, a acurácia pode ser utilizada para diversas outras finalidades. Confira a seguir alguns benefícios que a sua empresa pode obter com essa métrica:

  • Mais assertividade nas indicações e escolhas de sistemas de segurança

Os sistemas precisam entregar um nível alto de acurácia para que o negócio não fique exposto ou mesmo visível para ataques de pessoas mal-intencionadas. Ao dispor desse recurso, a escolha dos softwares utilizados na sua organização será determinada pela segurança, diminuindo as chances de problemas futuros.

Assim, a avaliação da acurácia das capacidades e limitações de diferentes sistemas de segurança permite a seleção daqueles que melhor se alinham às necessidades específicas da empresa. Isso garante uma proteção mais eficaz contra ameaças externas e internas.

  • Diminuição de riscos

A acurácia nos processos empresariais está intrinsecamente ligada à redução de riscos. Ela proporciona uma camada adicional de segurança, ajudando a proteger ativos e manter a integridade operacional. Utilizando a acurácia, as chances de validar um cadastro fraudulento, por exemplo, são bem menores.

A avaliação da acurácia facilita algumas atividades como a identificação de anomalias e previsão confiável de possíveis falhas. A resposta eficiente a eventos adversos resulta em uma diminuição significativa dos riscos operacionais, isso é altamente relevante em setores sensíveis, como finanças e saúde, em que a exposição a riscos acarreta graves consequências.

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  • Tomada de decisões mais efetivas

Com processos mais precisos e confiáveis, a liderança da empresa pode tomar decisões mais efetivas. Obter informações e dados confiáveis ajudam na tomada de decisão, principalmente no contexto corporativo.

No mundo empresarial, qualquer ação pode significar grande mudança, positiva ou negativa, por isso o entendimento da acurácia de uma ferramenta possibilitará mais tranquilidade no processo.

Desse modo, tanto na alocação de recursos, na definição de estratégias de mercado, ou na resposta a gargalos, a confiança na acurácia dos dados e das análises resulta em decisões mais informadas e bem fundamentadas.

Isso contribui para o desenvolvimento de estratégias empresariais mais sólidas e adaptáveis, melhorando a resiliência da empresa diante de mudanças no ambiente de negócios.

Os níveis de acurácia

O que é um nível de acurácia alto? Médio? E baixo? Como avaliar se esses níveis são positivos ou negativos? Para isso, contamos como com níveis percentuais que classificam sua eficácia. Eles podem ser divididos da seguinte maneira:

  • Nível de acurácia entre 0 e 30% – Baixo

Ferramentas que indicam nível de acurácia entre entre 0 e 30%, geralmente apresentam alto risco para o negócio. Isso porque esse nível é considerado baixo. Ele indica pouca ou nenhuma convicção de que os resultados obtidos estão próximos da realidade, sendo arriscado para soluções, como prevenção à fraude.

  • Nível de acurácia entre 30 e 70% – Médio

Em alguns processos, os níveis médios de acurácia podem ser aceitáveis. Nesse nível, temos um risco moderado de não atingir resultados aceitáveis. Deve ser utilizado com cautela em modelos de negócio tolerantes a um grau mais elevado de risco.

Quando tratamos de sistemas antifraude, por exemplo, os níveis médios devem ser utilizados com cautela.

  • Nível de acurácia entre 70 e 100% – Alto

O índice de acurácia de 100% representa o ideal. Quando o nível está acima de 90%, ele já indica que o efeito prático é o de resultado comprovado, uma vez que a variação em relação ao valor real de referência é bem baixa.

Esse nível é considerado alto, pois indica elevada precisão dos resultados e baixo risco de erro, proporcionando mais segurança para a tomada de decisão.

Aplicação da acurácia nos negócios

A aplicação da acurácia nos negócios da empresa varia de acordo com o conceito e o processo a serem avaliados. Ela deve ser aplicada observando as peculiaridades e necessidades de cada caso, pois a depender do processo, o percentual de exatidão precisa ser maior. Por exemplo, em sistemas antifraude, a acurácia pode medir a eficiência em classificar corretamente uma transação fraudulenta.

As melhores estratégias para implementar a acurácia em uma empresa dependem da situação, sendo essencial contar com soluções confiáveis e especializadas. A individualização dos negócios é um ponto essencial a ser considerado.

A acurácia deve ser avaliada de forma específica para atender às necessidades de cada empresa e processo.

Como aplicar a acurácia nos processos da empresa?

Antes de implementar medidas de acurácia, é essencial definir claramente os objetivos e as metas da empresa em relação aos processos. Isso é essencial para estabelecer padrões para avaliação e garantir que a acurácia esteja alinhada com os objetivos estratégicos.

Algumas atividades devem ser observadas na aplicação da acurácia. São elas:

  • Escolher métricas adequadas: deve ser o primeiro passo na implementação da acurácia nos processos da empresa. É fundamental identificar as métricas corretas. Dependendo do processo, pode-se utilizar métricas específicas. Algumas métricas são taxa de produção correta, conformidade com padrões de qualidade ou eficácia na prevenção de fraudes;
  • Adotar sistemas de monitoramento: possibilita avaliar o desempenho dos processos em tempo real. Dessa forma é possível identificar rapidamente os desvios e corrigi-los imediatamente;
  • Realizar revisões periódicas dos processos: deve ser adotado para garantir que estejam alinhados com as melhores práticas. Se necessário, fazer adequações conforme as mudanças no ambiente de negócios. Além de ajustar os processos à medida que novas tecnologias e metodologias se tornem disponíveis;
  • Incorporar tecnologias avançadas: automação, sensores e análise de dados podem ser úteis para melhorar a acurácia nos processos. Sistemas inteligentes identificam padrões, preveem falhas e otimizam operações. Nesse sentido, utilizar softwares especializados e confiáveis é um diferencial;
  • Criar canais de feedback contínuos: a comunicação interna e externa deve ser uma preocupação constante. Para tanto, é fundamental ouvir as opiniões dos colaboradores e clientes. Isso permite identificar áreas de melhoria e ajustar os processos conforme necessário;
  • Realizar benchmarking: essa atividade visa a otimização dos resultados de um negócio ou marca. Ele é importante para comparar os processos internos com as melhores práticas do setor. Além disso, é utilizado para entender como a empresa se posiciona em relação à concorrência e identificar oportunidades de melhoria na acurácia;
  • Obter relatórios regulares: informação é poder! Relatórios completos são eficientes para identificar tendências, gargalos e áreas que necessitam de maior atenção para melhorar a acurácia. Por meio deles, realiza-se análise dos dados para extrair insights sobre o desempenho dos processos.

Conclusão

Atualmente, segurança é uma das maiores preocupações de empresas em todos os setores. Por isso, a tecnologia é uma aliada para identificar riscos de um negócio. Para garantir que a tecnologia está sendo aplicada corretamente, utiliza-se a acurácia.

Dessa forma, a empresa pode melhorar a capacidade dos seus sistemas, identificar e coibir possíveis fraudes. Contar com um nível alto de acurácia proporciona processos mais confiáveis e contribui para a resiliência e competitividade no ambiente empresarial.

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Bárbara Guido é mineira, advogada pela UFJF e estudante de Jornalismo na UFOP. Apaixonada por comunicação, atua como analista de governança corporativa e redatora de conteúdo jurídico e técnico para sites e blogs.